Maldita Demetria Lovato
e seus cookies. Que fossem para o inferno ela, seu nariz sardento e seu
atrevido rabo de cavalo que lhe lembrava como seu cabelo era sedoso nas mãos
dele. E o gosto de sua boca. Especialmente o doce gosto de sua boca. No
momento em que a vira na cozinha, a cena na doca voltou-lhe à mente, provocando
uma onda de pensamentos indesejados.
Imediatamente foi
tomado pela ânsia de mergulhar os dedos naquelas mechas sedosas de novo, puxar
o elástico que as prendia e beijá-la com força, por muito tempo, profundamente,
e experimentar a suavidade de seus lábios e a doçura de sua língua.
Ah, sim, queria-a
demais, admitiu, perturbado. Mas não se submeteria ao desejo. Demi não era seu
tipo de mulher... o tipo temporário. Vinha com laços... carregava correntes...
do tipo lar, lareira e filhos. Cheirava a permanência e lar, e ele aprendera
que aquilo não existia, que se acreditasse nisso, apenas sofreria com a dor e o
desapontamento.
Sua reação
emocional a ela incomodava-o. Não era impulsivo. A lógica era a base de suas
decisões e ações. Planejava seu caminho com frieza e deliberação e fazia com
que o resultado desejado acontecesse. Assim, como se preparava bem, raramente
cometia erros e, quando os cometia, aprendia com eles e jamais os repetia. E
por isso, aquele beijo descuidado o abalara tanto e aquele impulso avassalador
de beijá-la na cozinha o perturbara ainda mais.
Sabia que não
devia querê-la, não podia confiar nela, e isso devia matar sua fome por ela.
Alguma coisa em Demi derrubava suas defesas. Não ajudava o fato de que seu
cheiro de madressilva permeasse a casa, demorando-se até muito depois de ela
ter deixado um aposento. O cheiro suave o lembrava de Kevin ensinando-o a
apanhar as flores e sugar o néctar... um tempo feliz, quando tudo tinha sido
bom no mundo de Joseph.
O som de uma
risada alegre vindo da cozinha despedaçou sua concentração, como acontecera
tantas vezes. O som da voz de Demi falando, cantando ou rindo das graças dos
meninos enchia a casa antes silenciosa, tornando impossível para ele manter o
foco. Rosnou, furioso consigo mesmo. Estivera segurando um dos pedidos por dez
minutos, minutos que não podia perder, e não conseguira entender uma palavra.
Sua bússola mental estava voltada para a morena. Tinha que encontrar uma forma
de bloquear aquele trio e se concentrar na agenda.
Sarah voltou, com
um sorriso presunçoso no rosto, um prato de cookies em uma das mãos, um copo de
leite na outra, e os colocou sobre a escrivaninha.
—
Feliz agora?
—
Obrigado.
Sob o olhar
vigilante de Sarah, ele mordeu o biscoito, saboreando o gosto doce e a textura
macia. Comeu o primeiro e tomou o leite gelado. Admitiu que Demi estava certa.
Cookies comprados em padaria não se comparavam aos feitos em casa. Ergueu o
segundo para a boca.
—
Agradeça a Demi. Ela insistiu para eu lhe trazer estes, apesar de sua recusa
teimosa de comer com seu filho. Eu o teria deixado passar fome.
Demi seria
atenciosa ou manipuladora? O que quer que fosse, ele não precisava da
desaprovação de Sarah para saber que estava agindo como um idiota. Mas ele e Demi
ficariam sozinhos na casa à noite, e todas as noites até a volta de Ash. Não
podia deixar que a babá tivesse ideias e fosse para seu quarto, pois não
conseguiria mandá-la embora. Não se orgulhava da conclusão, mas Hank lhe
ensinara que, se um homem não conseguisse identificar suas fraquezas, jamais
seria capaz de controlá-las. O apetite desapareceu, e Joseph empurrou o prato.
—
Como está David?
—
Ligou para confirmar o horário de chegada. As vezes, penso que está mais
interessado no voo do que em passar o fim de semana comigo. O piloto deixa que
ele seja o copiloto do avião da empresa. Obrigada por permitir que ele venha.
—
Não é por você, é por mim. Quando David receber a licença de piloto, poderei
contratá-lo.
—
Chame como quiser, continua a ser um gesto gentil.
Ele descartou a
gratidão dela. Aprendera, há muito tempo, que empregados felizes eram
empregados leais. E gostava de ter Sarah por perto. Além disso, David era um
sujeito sensacional. Seria uma bela aquisição para a equipe da Jonas.
—
Mas se todos souberem que faz coisas assim, sua reputação de ser tão duro
quanto Hank ficará abalada.
Ele mudou de
assunto:
—
Os resultados dos exames de drogas de Demi e da investigação de seu passado em
busca de atividades criminosas já chegaram?
—
Sim e, como previ, ela não tem nada a esconder. Liguei para todas as referências...
dois colegas professores e o professor universitário que a recomenda para os
alunos que precisam de ajuda. Os três falaram muito bem dela e disseram que
você teve sorte quando a contratou.
—
Pode ter pedido aos amigos para mentir.
Sarah bufou.
—
Para um homem brilhante, generoso e com quem é uma alegria trabalhar, você pode
ser denso demais, e tenho vontade de sacudi-lo. O que teria feito se qualquer
das respostas fosse negativa? Já esgotamos todas as opções.
Verdade. Porque,
apesar de tudo, ele jamais permitiria que o garoto ficasse sob a custódia do
governo. Felizmente, gritos vindos de fora o salvaram de precisar responder,
já que não sabia o que dizer.
Levantou-se e
olhou pelas janelas francesas que davam para o quintal. Demi corria pelo
gramado, descalça, o rabo de cavalo balançando. Brincava como uma criança, como
se não tivesse uma preocupação na vida. Ou uma consciência culpada. Mas o vento
grudava a blusa aos seios e a saia às coxas, o que provava que,
definitivamente, era toda mulher.
Os meninos a
seguiam, rindo e gritando. Precisava de um protetor de ouvido. Demi pegou a
bola de um azul vivo que Joseph vira na cesta que carregara do apartamento e a
rolou no chão em direção aos meninos. O filho dela correu atrás, o de Ash
tropeçou quando tentou e caiu no gramado. Um grito infernal surgiu no segundo
em que ele ergueu a cabeça, embora certamente não estivesse ferido. Joseph se
encolheu, cada músculo tenso. O grito o fez se lembrar do voo pavoroso de
Atlanta.
Demi tomou Graham
nos braços, abraçou-o e lhe beijou a ponta do nariz, então o ergueu no ar. O
grito imediatamente se transformou em uma risada, e os lábios de Joseph se
mexeram. Então ela se deixou cair de joelhos com o menino. O filho dela pulou
sobre os dois e logo os três riam e rolavam na grama. Ela abraçou o filho com
um dos braços e o filho de Ash com o outro, dando atenção igual aos dois. Um
deles logo estaria fora de sua vida... para sempre, assim não devia se deixar
envolver. Mas suas mágoas não eram problema dele. Balançou a cabeça e olhou
para Sarah ao seu lado.
—
O que ela está fazendo?
—
O que a está pagando para fazer. Divertindo seu filho e se divertindo também. Demi
tem uma ligação natural com os bebês. Devia se juntar a eles por alguns
minutos. O ar fresco lhe faria bem.
—
Temos trabalho a fazer, se quer passar algum tempo com seu marido neste fim de
semana.
Joseph fechou as
cortinas isolantes e voltou para a escrivaninha. Infelizmente, não abafavam por
completo o barulho que o trio fazia. Abriu uma gaveta, pegou fones de ouvido,
colocou-os, conectou-os ao iPod, então ligou a música. O filho de Ash era
barulhento demais. Como previra, contratar uma babá com um bebê apenas
triplicou o barulho e o caos em sua casa. E aquilo não se comparava ao tumulto
que ela causava nele. Mas, como Sarah dissera, não tivera escolha, a não ser
suportar a tortura de sua companhia, uma tortura mental e física, e ter a
esperança de conseguir controlar sua libido até a volta de Ash. O que rezava
para que fosse logo.
Tá ai mais um, querem um pra finalizar? ou paro nesse?
Continur posta maiiis!!
ResponderExcluirPosta mais
ResponderExcluirPosta maaais logo
ResponderExcluirTa lindoo posta mais
ResponderExcluirPosta mais um. Quando o Joe vai acreditar na Demi?? Quero um momento Jemi .!!
ResponderExcluirPosta maiiis
ResponderExcluirPosta looogo
ResponderExcluirPostaa mais
ResponderExcluirvc Pode posta o 27 agora e o 28a noite??
ResponderExcluirContinua !!!! Cara, Joe tem o coração duro demais <\3
ResponderExcluirMais ummmm posta
ResponderExcluirPosta maiiiis, to amandooo
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