domingo, 12 de janeiro de 2014

CAPÍTULO 16, 17, 18


CAPÍTULO 16

A cena na tela mudou para outra história. Demi tentou se lembrar do que sabia. Lera notícias sobre o desapare­cimento de uma jornalista. Ashley Greene. Trabalhan­do no exterior. Sequestrada três semanas atrás. Jonas estava cuidando do filho por quase duas semanas.

— A Ashley na reportagem é Ash, a mãe de Graham?
Jonas virou um rosto impassível para ela.
— Sim.
— A mãe de Graham é Ashley Greene, da lendária família Greene de jornalistas?
— Sim.
— Ah, meu Deus. Cresci vendo o pai e o irmão dela em noticiários, e depois vi as reportagens de Ashley quando tínhamos televisão a cabo.
— Preciso lhe lembrar que você assinou um acordo de confidencialidade?
— Não. Jamais daria informações particulares, a me­nos que acreditasse que uma criança estava em perigo, assim a lei seria maior do que qualquer acordo. O jor­nalista disse que Ash foi sequestrada três semanas atrás, mas você está com Graham há menos de duas. Onde ele estava antes de você apanhá-lo?
— Ashley tinha uma babá, mas a mulher deixou Graham numa creche do governo quando Ash não vol­tou na data combinada. Disse que não perderia o cru­zeiro de casamento da irmã por causa do bebê de nin­guém.         — Havia total aversão em sua voz.
— E se... e se Ash não... estiver bem?
— Ela está. — Ele parecia seguro.
— Mas como sabe? Tem informações que a televisão não tem?
— Mandei uma equipe para investigar no local.
— E o que fará se Ash não for libertada? Se, como o jornalista disse, o pior acontecer e ela não voltar para casa? Quem cuidará de Graham? Você se tomará pai em tempo integral?
— Não chegará a isto.

Demi olhou do homem teimoso para o filho adorável. Graham merecia mais do que um pai a quem temia. Merecia ter confiança e receber cuidados e amor. E en­tão soube, sem nenhuma dúvida, que não podia deixar aquela casa, aquele emprego, sem fazer um esforço para ligar Graham e aquele pai frio e distante. Não con­seguira com o próprio pai ou com o de Cody. Mas, por Deus, faria o que fosse preciso para estabelecer um laço forte e inquebrantável entre Joseph Jonas e seu filho. Era o mínimo que poderia fazer pelo garotinho que talvez já tivesse perdido a mãe.

CAPÍTULO 17
Joseph fixou o olhar na babá diante de si. A camiseta molhada grudava nos seios, e ele tentou afastar os olhos dos mamilos visíveis, rosados e rijos, mas não conse­guiu. A visão era espetacular.
— Você está molhada. — O tom da voz não abalou Demi.
— Riscos do banho de bebês. Também não tive tem­po de pegar uma toalha para Cody antes de sair corren­do atrás do seu pequeno fugitivo.
Ela sorriu, e Joseph se perguntou se estava consciente do efeito que causava nele. Desligou a televisão com o controle remoto e tentou manter o foco. Precisava tomar decisões sérias que não incluíam hóspedes indesejáveis e barulhentos. Queria os intrusos fora do seu quarto.
— Tire os garotos daqui antes que um deles faça xixi no meu tapete.
— Não são filhotes de cachorro. Mas tem razão, ne­nhum deles sabe usar o banheiro, e acidentes acontecem. — Estendeu a mão para o filho dele. — Vamos, Graham.
O garotinho riu, correu para trás de Joseph e agar­rou seu jeans. Olhou para cima, com uma expressão alegre no rostinho. Os músculos de Joseph enrijece­ram. Não ousava se mexer, com medo de pisar nos pezinhos nus e fazer o garoto chorar. Os gritos de Graham, descobrira Joseph da maneira difícil no voo de Atlanta, podiam acordar os mortos. Nada do que Sarah fizera acalmara o garoto. Gritara até desmaiar, então recomeçara no pouso. Tinha sido o pior voo da vida de Joseph.
— Está se escondendo de mim? — A voz de Demi era suave.
O garoto riu ainda mais e pulou no mesmo lugar. E, sim, certo, era uma graça. Emoções conflitantes luta­ram na mente de Joseph. Queria fugir daquele trio infer­nal. Mas também queria rir das brincadeiras do garoto, e o sorriso venceu. Antigas lembranças surgiram... lembranças de brincar de esconde-esconde com Kevin, de correr pela casa até a mãe os expulsar para o quintal. E então o pesadelo de ver o corpinho de um bebê ser tirado da casa dos pais adotivos em um caixão.
— Vou pegar você — brincou Demi, interrompendo a lembrança amarga.
E, sorrindo de uma forma que lhe franzia o nariz, ela fingiu atacar pela esquerda, depois pela direita. Então mergulhou em direção ao garoto, o ombro batendo na nádega esquerda de Joseph e provocando nele um cho­que elétrico. A mudança abrupta de desolação para de­sejo o deixou sem chão.
Ela pegou o garoto e o ergueu.
— Peguei você, peguei você, peguei você — cantarolou enquanto girava e balançava os dois garotinhos mo­lhados e escorregadios.
As risadas dos meninos encheram o quarto. Joseph preferia agarrar serpentes venenosas.
Quando parou e olhou para Joseph através daqueles escuros e longos cílios, os olhos claros e divertidos pa­receram convidá-lo a participar da brincadeira. E, quando ele não riu, ela baixou os cílios e molhou o lá­bio. O olhar se fixou no peito dele. Ele enrijeceu e com­bateu as chamas que lhe percorriam a pele.
— Vá. — Mas a excitação teve a palavra final.

CAPÍTULO 18
O sangue pulsava em seu ouvido, alto e sonoro. Havia alguma coisa em Demi, alguma coisa terrena e atraente que precisava ignorar. Inesperadamente, ela fechou o espaço entre eles.
— Dê um beijo de despedida no papai, Graham.
Joseph se encolheu, apavorado. A reação, combinada com a súbita proximidade de Demi, diminuiu sua capa­cidade de pensar e evitar as mãozinhas que lhe agarra­ram os pelos do peito. A dor o atingiu, e sua reação instintiva de se afastar se mostrou a decisão errada. O menino continuou a apertar-lhe os pelos e a fazer baru­lhos estranhos, a boca aberta, babando. Joseph tentou se afastar e evitar o queixo molhado de Graham.
— Não sou o pai dele — corrigiu, quando a dor lhe permitiu falar.
— Até a mãe voltar, você é tudo o que ele tem. E parece que gosta disto.
Não era um pensamento reconfortante. Joseph tentou abrir as mãos do garoto, mas os dedos eram tão peque­nos que teve medo de quebrá-los. Frustrado, desistiu.
— Faça-o me largar.
A expressão divertida de Demi se transformou em determinação.
— Ele não tem um cheiro delicioso? Não há nada igual ao cheiro de um bebê depois do banho.
Ele não percebera até ela mencionar. Estivera mergulhado na proximidade de Demi, que segurava o tra­seiro do bebê, tão perto que ele conseguia ver cada um dos cílios, cada sarda, cada poro, cada linha dos lábios,
Esperando quebrar o feitiço que lhe jogara, lançou lhe o olhar mais gelado.
— Ele cheira bem agora, mas não quero receber aquela coisa fedorenta que ele produz. É letal. — Como sentira no espaço confinado do Lexus.
O riso de Demi o atravessou.
— Solte o papai, besourinho. Ele quer sair para correr.
O menino a ignorou, gorgolejou, pulou e dançou, cada movimento aumentando a dor. E então ele deitou a cabeça no ombro de Joseph e suspirou.
— Pa, pa, pa.
A lembrança de outro bebê, na mesma posição confiante, 22 anos antes, se ergueu, forte e clara. A pressão cresceu no peito de Joseph e o fez perder o fôlego.
— Pare de me chamar assim.
— Deve saber que uma criança precisa ter a sensação de pertencimento. Terá que segurá-lo se quiser que o solte.
Segurá-lo? Conseguira evitar aquilo até agora. Mas ela estava certa. Assim, Joseph reuniu toda a coragem para suportar a experiência e passou os braços, relutante, pelo traseiro nu do bebê. Graham se aconchegou ainda mais. Então Joseph sentiu seu peso. Era bem substancial para uma coisinha tão pequena. O fardo de ser responsável pelo menino até a volta de Ash dobrou o peso do garoto. E se ele se ferisse enquanto estava sob seus cuidados? E se Graham fosse dormir uma noi­te e não acordasse, como o bebê na casa de seus pais adotivos? Mas não aconteceria, contratara Demi para garantir que o filho de Ash ficasse a salvo.
— Depressa.
Demi colocou Cody no chão e logo o garotinho se afastou, atraído pelos sapatos de corrida de Joseph. A ponta da língua surgiu entre os dentes pequenos e brancos enquanto ela avaliava a situação. Aproximou-se mais, tão perto que seu cheiro de madressilva en­cheu os pulmões de Joseph. Escorregou um dedo rosado para dentro do punho fechado de Graham. A unha arranhou de leve a carne de Joseph. O toque macio fez a pele dele se arrepiar. Inalou com força quando uma fisgada quente... excitação, droga... provocou um tipo diferente de dor, enquanto ela mergulhava o dedo en­tre o aperto de Graham e a carne de Joseph.
Molequinho forte e determinado a se manter ali, pensou Joseph. Os grandes olhos castanhos do bebê se ergueram para o pai, como se esperasse... o quê? Não fazia a menor ideia. Detestava não saber, mas preferia se manter em total ignorância sobre bebês.
— Pare, ele está apenas puxando com mais força.
— Solte o papai, Graham. — A voz de Demi era cheia de carinho.
E então, quando aquilo falhou, ela olhou para Joseph e sorriu lentamente. Alguma coisa dentro dele se mexeu.
— Pode me dar um abraço, docinho?
O coração de Joseph disparou. Ela olhava para ele; estaria lhe pedindo um abraço? Então o filho de Kat se jogou para Demi tão de repente que Joseph quase o deixou cair. Tentou equilibrar o garoto, e suas mãos e seus braços e os de Demi se misturaram quando ela tentou pegar a criança. As pontas dos dedos e os braços roça­ram o peito de Joseph, adicionando combustível ao fogo que já lhe queimava a pele.
Demi baixou a cabeça e recuou. O rubor lhe tomou o rosto, e ela olhou para toda parte, menos para Joseph, en­quanto segurava o menino. Se estivesse tentando fazer avanços parecidos com aqueles dos quais fora acusada, praticamente tropeçaria nos próprios pés para se afastar dele? Então ela se virou e se abaixou para pegar o próprio filho, e a atenção de Joseph se voltou para a visão adorável do seu traseiro. Não era muito curvilínea, mas também não era magra demais. Tinha forma. Uma forma muito linda.

Voltei desculpem a demora, mas como foi a primeira semana de trabalho depois dos feriados tinha muita coisa pra fazer e organizar, mas tá aí 3 capítulos grandes pra vocês se tiver bastante comentários posso postar mais alguns a noite, e durante a semana também, se tiver comentários suficientes. que tal?
    

8 comentários:

  1. PERFEITO!!!!!! POSTA MAIS A NOITE!!!! GRAHAN É TÃO FOFINHO...

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  2. Amei o capitulo
    Posta mais a noite

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  3. ahh Grahan e Tão Fofo , Joseph seu safado. POSTA MAIS

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  4. faz tempo que nao comento, vida corrida minhas aulas acabaram essa semana, estou amando a nova historia.
    posta logo

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  5. AI SOCORRO kalndkjsnklnqkl posta posta posta pleaseee!!!!

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  6. Posta maiiiis um hoje, posta posta postaaaa, ta lindoooooo, o coraçao do.joe tadinho, todo traumatizado: (

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