Demetria
Droga. Foi
tão difícil conseguir dormir ontem, e quando eu finalmente o fiz, já era muito
tarde. Como resultado acabei dormindo demais, preciso me apressar se eu quiser
chegar a Dallas antes do horário de visita do hospital acabar. Escutei eles
conversando ontem que Joseph estava
bem, mas passaria a noite em observação.
Arrumo-me
apressadamente, pego minha bolsa e as chaves do carro e saio correndo escada a
baixo.
— Filha? —
Paro bruscamente quando ouço a voz de mamãe.
— Filha, o
café está na mesa, venha comer... — Ela para de falar quando me vê parada perto
da porta.
— Onde você
vai?
— Estou indo
para o hospital, preciso ver ele, mãe.
— Seu pai
disse que não queria você perto dele até os dois conversarem.
— Papai não
está aqui agora.
— Tem razão,
ele está a caminho do hospital agora mesmo. — Ela diz colocando as mãos na
cintura.
— O que?
— Ele saiu
faz meia hora.
— Porque
vocês não me avisaram para eu ir junto?
— Você não
ouviu o que eu disse? Seu pai não quer você perto do Joseph até ele saber quais são as intenções dele com você.
— Ah meu
Deus. — Digo esfregando a testa. — Isso é ridículo. Eu tenho que ir ver como
ele está. — Giro a maçaneta da porta.
— Demetria, espere.
— O que foi,
mamãe? — Pergunto me virando para ela.
—
Como...Como isso foi acontecer? Quero dizer, você e o Joseph? Isso é tão estranho e...
— Olha
mãezinha, eu sei, e eu vou explicar tudo mais tarde, ok? Agora eu preciso mesmo
ir. — Vou até ela e lhe dou um beijo na bochecha, então saio correndo até o
carro. Preciso chegar logo naquele hospital e impedir que papai estrague tudo
com Joseph.
— Oi, bom
dia. Gostaria de saber em qual quarto Joseph
Jonas está. — Digo para a moça atrás
do balcão.
— Só um
minuto... — Ela digita algo no computar e então diz: — Quarto 633. O horário de
visita acaba em dez minutos.
— Tudo bem,
obrigada. — Digo e vou apressadamente procurar o quarto de Joseph.
Passo pelo
quarto 625, 626, 627 e tão distraída procurando o número certo que estou, só
vejo papai pouco antes de me esbarrar com ele.
— Demetria, o que você está fazendo aqui?
Eu não tinha dito que...
— Você viu
ele? Como ele está? — Pergunto preocupada.
— Ele está
bem, um pouco dolorido, mas bem.
— Preciso
vê-lo. O que vocês conversaram? Você não estragou tudo, não é papai?
— Calma,
menina. Joseph e eu conversamos, e eu
acredito que ele goste mesmo de você.
— Sério? —
Pergunto com um sorriso se formando em meus lábios.
— Sim, não
vou ser contra vocês ficarem juntos, mas vou ficar de olhe nele, hein? E se ele
fizer alguma coisa para você que eu não gostar...
— Ah papai.
— Não deixo que termine de falar, pois me jogo em seus braços e lhe dou um
abraço apertado. — Isso significa muito para mim, obrigada.
— Só quero
que você seja feliz, minha princesa. — Ele diz acariciando meus cabelos.
Estou tão
feliz que poderia explodir. Estava com tanto medo que a conversa entre papai e Joseph fosse mal e que ele quisesse me
proibir de namorar Joseph, claro que
isso não me impediria, mas assim as coisas vão ser bem mais fáceis. Ter o apoio
dele me faz sentir mais leve, mais tranquila e menos culpada.
— Vou vê-lo,
o horário de visitas já está acabando. — Digo me desvencilhando de seus braços.
— Tudo bem,
vá.
— Até logo,
e obrigada de novo, por entender. — Viro-me e vou até o bendito quarto 633.
Abro a porta
devagar, sem fazer barulho. Joseph
está deitado na cama, olhando para a janela.
— Posso
entrar? — Assim que ouve minha voz, ele se vira rapidamente e abre um sorriso
largo.
— Meu amor.
— Tento sorrir, mas a visão do seu rosto machucado faz com que o sorriso fique
preso nos lábios e meu coração fique pesado, dolorido.
— Joseph. — Sussurro seu nome. Caminho até
a cama e fico ao seu lado.
— Meu amor,
que bom que você está aqui. Acabei de falar com seu pai, e ele...
— Eu sei.
Encontrei com ele no corredor, ele me disse. — Digo tentando lhe dar um sorriso
reconfortante.
— E o meu
pai também entendeu, ele disse que vai nos apoiar.
— Isso é
maravilhoso, meu amor. — Digo segurando sua mão.
— Acho que
não foi tão ruim quanto havíamos imaginado, quer dizer, com Ian foi. Mas nossos pais, acho que eles
estão reagindo melhor do que esperávamos. — Ele diz sorrindo animadamente, mas
não consigo retribuir o sorriso, não quando ele está deitado em uma cama de
hospital todo machucado por minha culpa.
— O que foi,
amor? Você não está feliz? — Ele pergunta.
— Ah meu
amor, é claro que eu estou feliz. Ter o apoio de papai significa muito,
mas...Você está aí, todo machucado. Não acredito que Ian tenha ti batido dessa maneira. — Sinto meus olhos começarem a
se encherem de água.
— Ei, não
fique assim. Nós dois sabíamos que ele não reagiria bem.
— Eu sei,
mas eu achei que ele fosse gritar, ficar bravo, até te dar um soco. Não
imaginei que ele te mandaria para o hospital.
— Está tudo
bem, eu estou bem.
— Está
mesmo? Você não parece muito bem, não está doendo? — Pergunto acariciando de
leve seu rosto.
— Dói só um
pouco, mas estou bem, juro.
— Sinto
muito. — Uma lágrima traidora escorre por minha bochecha.
— Sabe o que
você pode fazer para eu me sentir melhor? — Ele pergunta.
— O que?
— Primeiro,
pare de chorar. — Ele estica o braço e limpa minha bochecha. — E segundo, você
pode me dar um beijo. — Não consigo evitar e sorrio. Inclino-me sobre ele e
deposito um beijo carinhoso em seus lábios.
Quando faço
menção em me afastar, sua mão vai até meu pescoço e me mantém no lugar. Seus
lábios são tão macios, reconfortantes e familiares. Permito-me perder a noção
de tudo que não seja Joseph, por isso
me assusto quando escuto alguém limpando a garganta atrás de nós.
Afasto-me
num pulo e me viro, dando de cara com um Paul muito desconcertado.
— Desculpe,
não queria interromper, mas trouxe sua comida, filho. — Ele diz levantando uma
caixa de padaria e uma caneca do que, pelo cheiro, presumo ser café.
— Tudo bem,
pai.
— Oi, Demetria. — Paul me cumprimenta com um
sorriso tímido.
— Oi, Paul.
— Digo também um pouco envergonhada. Ele se aproxima e entrega a comida a Joseph.
— Sinto
muito, filho, mas vou ter que ir, o horário de visita já acabou e logo vão
aparecer para nos tirar daqui.
— Tenho que
ir também. — Digo.
— Claro,
tudo bem. Daqui uma hora eu devo ter alta, você vai voltar comigo até meu
apartamento, não é? — Ele dirige sua pergunta para mim.
— É claro,
meu amor. — Respondo.
— Ótimo.
— Até logo.
— Me despeço.
— Hey, e o
meu beijo? — Olho para ele e depois para Paul, sem graça. Tudo bem, isso ainda
é um pouco estranho.
Dou um beijo
de despedida em Joseph, e então eu e Paul
seguimos para fora do quarto. Caminhamos lado a lado pelo corredor branco e
largo. Olho-o de canto e vejo um pequeno sorriso nos lábios de Paul.
— Feliz? —
Pergunto.
— Muito. Em
29 anos nunca vi aquele brilho nos olhos do meu menino. O jeito que vocês se
olham...Me lembra muito de mim e Denise.
— Sorrio com suas palavras. Se ao menos Ian
conseguisse ver o que parece que todos estão conseguindo.
COMENTEM QUE TALVEZ AINDA POSTE OUTRO HOJE.
Que capítulo mais fofo 😍😍,ainda bem que o pai dela não a proibiu de namora com Joe..agora sp falta o Ian ver o quanto eles se amam...Posta logoooooooooooooooooooooooooo pleaseeeeeeeeee
ResponderExcluirMeu deuss que perfeitooooo, posta logo, finalmente as coisas estão começando a se acertar, só falta ian aceitarrr
ResponderExcluirEspero que joe fique melhor logo, e que ian aceite eles juntos, posta logoo o capítulo foi lindo
ResponderExcluireu to 😍 com esse capitulo.. que lindos eles assim *-*
ResponderExcluirTo tão feliz que o pessoal ta apoiando eles *-* Posta mais um
ResponderExcluirDemais posta mais
ResponderExcluirFinalmeeeeeente, agora eu acho que tudo vai dar certo, só falta descobrir o segredo de Nina.
ResponderExcluirPosta looooogo