terça-feira, 19 de maio de 2015

CAPÍTULO 69

Demetria
Droga. Foi tão difícil conseguir dormir ontem, e quando eu finalmente o fiz, já era muito tarde. Como resultado acabei dormindo demais, preciso me apressar se eu quiser chegar a Dallas antes do horário de visita do hospital acabar. Escutei eles conversando ontem que Joseph estava bem, mas passaria a noite em observação.
Arrumo-me apressadamente, pego minha bolsa e as chaves do carro e saio correndo escada a baixo.
— Filha? — Paro bruscamente quando ouço a voz de mamãe.
— Filha, o café está na mesa, venha comer... — Ela para de falar quando me vê parada perto da porta.
— Onde você vai?
— Estou indo para o hospital, preciso ver ele, mãe.
— Seu pai disse que não queria você perto dele até os dois conversarem.  
— Papai não está aqui agora.
— Tem razão, ele está a caminho do hospital agora mesmo. — Ela diz colocando as mãos na cintura.
— O que?
— Ele saiu faz meia hora.
— Porque vocês não me avisaram para eu ir junto?
— Você não ouviu o que eu disse? Seu pai não quer você perto do Joseph até ele saber quais são as intenções dele com você.
— Ah meu Deus. — Digo esfregando a testa. — Isso é ridículo. Eu tenho que ir ver como ele está. — Giro a maçaneta da porta.
Demetria, espere.
— O que foi, mamãe? — Pergunto me virando para ela.
— Como...Como isso foi acontecer? Quero dizer, você e o Joseph? Isso é tão estranho e...
— Olha mãezinha, eu sei, e eu vou explicar tudo mais tarde, ok? Agora eu preciso mesmo ir. — Vou até ela e lhe dou um beijo na bochecha, então saio correndo até o carro. Preciso chegar logo naquele hospital e impedir que papai estrague tudo com Joseph.
— Oi, bom dia. Gostaria de saber em qual quarto Joseph Jonas está. — Digo para a moça atrás do balcão.
— Só um minuto... — Ela digita algo no computar e então diz: — Quarto 633. O horário de visita acaba em dez minutos.
— Tudo bem, obrigada. — Digo e vou apressadamente procurar o quarto de Joseph.
Passo pelo quarto 625, 626, 627 e tão distraída procurando o número certo que estou, só vejo papai pouco antes de me esbarrar com ele.
Demetria, o que você está fazendo aqui? Eu não tinha dito que...
— Você viu ele? Como ele está? — Pergunto preocupada.
— Ele está bem, um pouco dolorido, mas bem.
— Preciso vê-lo. O que vocês conversaram? Você não estragou tudo, não é papai?
— Calma, menina. Joseph e eu conversamos, e eu acredito que ele goste mesmo de você.
— Sério? — Pergunto com um sorriso se formando em meus lábios.
— Sim, não vou ser contra vocês ficarem juntos, mas vou ficar de olhe nele, hein? E se ele fizer alguma coisa para você que eu não gostar...
— Ah papai. — Não deixo que termine de falar, pois me jogo em seus braços e lhe dou um abraço apertado. — Isso significa muito para mim, obrigada.
— Só quero que você seja feliz, minha princesa. — Ele diz acariciando meus cabelos.
Estou tão feliz que poderia explodir. Estava com tanto medo que a conversa entre papai e Joseph fosse mal e que ele quisesse me proibir de namorar Joseph, claro que isso não me impediria, mas assim as coisas vão ser bem mais fáceis. Ter o apoio dele me faz sentir mais leve, mais tranquila e menos culpada.
— Vou vê-lo, o horário de visitas já está acabando. — Digo me desvencilhando de seus braços.
— Tudo bem, vá.
— Até logo, e obrigada de novo, por entender. — Viro-me e vou até o bendito quarto 633.
Abro a porta devagar, sem fazer barulho. Joseph está deitado na cama, olhando para a janela.
— Posso entrar? — Assim que ouve minha voz, ele se vira rapidamente e abre um sorriso largo.
— Meu amor. — Tento sorrir, mas a visão do seu rosto machucado faz com que o sorriso fique preso nos lábios e meu coração fique pesado, dolorido.
Joseph. — Sussurro seu nome. Caminho até a cama e fico ao seu lado.
— Meu amor, que bom que você está aqui. Acabei de falar com seu pai, e ele...
— Eu sei. Encontrei com ele no corredor, ele me disse. — Digo tentando lhe dar um sorriso reconfortante.
— E o meu pai também entendeu, ele disse que vai nos apoiar.
— Isso é maravilhoso, meu amor. — Digo segurando sua mão.
— Acho que não foi tão ruim quanto havíamos imaginado, quer dizer, com Ian foi. Mas nossos pais, acho que eles estão reagindo melhor do que esperávamos. — Ele diz sorrindo animadamente, mas não consigo retribuir o sorriso, não quando ele está deitado em uma cama de hospital todo machucado por minha culpa.
— O que foi, amor? Você não está feliz? — Ele pergunta.
— Ah meu amor, é claro que eu estou feliz. Ter o apoio de papai significa muito, mas...Você está aí, todo machucado. Não acredito que Ian tenha ti batido dessa maneira. — Sinto meus olhos começarem a se encherem de água.
— Ei, não fique assim. Nós dois sabíamos que ele não reagiria bem.
— Eu sei, mas eu achei que ele fosse gritar, ficar bravo, até te dar um soco. Não imaginei que ele te mandaria para o hospital.
— Está tudo bem, eu estou bem.
— Está mesmo? Você não parece muito bem, não está doendo? — Pergunto acariciando de leve seu rosto.
— Dói só um pouco, mas estou bem, juro.
— Sinto muito. — Uma lágrima traidora escorre por minha bochecha.
— Sabe o que você pode fazer para eu me sentir melhor? — Ele pergunta.
— O que?
— Primeiro, pare de chorar. — Ele estica o braço e limpa minha bochecha. — E segundo, você pode me dar um beijo. — Não consigo evitar e sorrio. Inclino-me sobre ele e deposito um beijo carinhoso em seus lábios.
Quando faço menção em me afastar, sua mão vai até meu pescoço e me mantém no lugar. Seus lábios são tão macios, reconfortantes e familiares. Permito-me perder a noção de tudo que não seja Joseph, por isso me assusto quando escuto alguém limpando a garganta atrás de nós.
Afasto-me num pulo e me viro, dando de cara com um Paul muito desconcertado.
— Desculpe, não queria interromper, mas trouxe sua comida, filho. — Ele diz levantando uma caixa de padaria e uma caneca do que, pelo cheiro, presumo ser café.
— Tudo bem, pai.
— Oi, Demetria. — Paul me cumprimenta com um sorriso tímido.
— Oi, Paul. — Digo também um pouco envergonhada. Ele se aproxima e entrega a comida a Joseph.
— Sinto muito, filho, mas vou ter que ir, o horário de visita já acabou e logo vão aparecer para nos tirar daqui.
— Tenho que ir também. — Digo.
— Claro, tudo bem. Daqui uma hora eu devo ter alta, você vai voltar comigo até meu apartamento, não é? — Ele dirige sua pergunta para mim.
— É claro, meu amor. — Respondo.
— Ótimo.
— Até logo. — Me despeço.
— Hey, e o meu beijo? — Olho para ele e depois para Paul, sem graça. Tudo bem, isso ainda é um pouco estranho.
Dou um beijo de despedida em Joseph, e então eu e Paul seguimos para fora do quarto. Caminhamos lado a lado pelo corredor branco e largo. Olho-o de canto e vejo um pequeno sorriso nos lábios de Paul.
— Feliz? — Pergunto.

— Muito. Em 29 anos nunca vi aquele brilho nos olhos do meu menino. O jeito que vocês se olham...Me lembra muito de mim e Denise. — Sorrio com suas palavras. Se ao menos Ian conseguisse ver o que parece que todos estão conseguindo. 

COMENTEM QUE TALVEZ AINDA POSTE OUTRO HOJE.

7 comentários:

  1. Que capítulo mais fofo 😍😍,ainda bem que o pai dela não a proibiu de namora com Joe..agora sp falta o Ian ver o quanto eles se amam...Posta logoooooooooooooooooooooooooo pleaseeeeeeeeee

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  2. Meu deuss que perfeitooooo, posta logo, finalmente as coisas estão começando a se acertar, só falta ian aceitarrr

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  3. Espero que joe fique melhor logo, e que ian aceite eles juntos, posta logoo o capítulo foi lindo

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  4. eu to 😍 com esse capitulo.. que lindos eles assim *-*

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  5. To tão feliz que o pessoal ta apoiando eles *-* Posta mais um

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  6. Finalmeeeeeente, agora eu acho que tudo vai dar certo, só falta descobrir o segredo de Nina.
    Posta looooogo

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