segunda-feira, 4 de maio de 2015

CAPÍTULO 56 MARATONA

Joseph
— Bom dia.  
— Bom dia, Sr. Jonas.
— Bom dia, Charly.
— Bom dia, Sr Jonas.
Entro no elevador e assim que saio no andar do meu escritório vejo Mia, minha secretária, trabalhando em sua mesa.
— Bom dia, Mia. — Digo com o mesmo sorriso de orelha a orelha com o qual eu cumprimentei qualquer pessoa que passou por mim hoje.
Mia me olha surpresa, mas logo faz questão de disfarçar. Eu nunca fui um chefe ruim, mas também nunca fui daqueles caras sorridentes que parecem sempre de bem com a vida e de bom humor. Com certeza eu estou parecendo ser um deles hoje.
Mas como poderia ser diferente? Estou mais feliz do que em toda a minha vida.
— Bom dia, Sr. Jonas. Como está?
— Estou ótimo, perfeito. E você? — Ela parece ser pega de surpresa de novo pela minha resposta animada.
— Tudo ótimo. — Ela me dá um sorriso tímido. — Esses são seus recados dessa manhã. — Ela me entrega alguns papeis com nomes e números de telefone para que eu retorne as ligações.
— Muito obrigado, vou cuidar disso agora mesmo. — Digo e vou até minha sala.
Retiro meu paletó e penduro na cadeira, sento-me a frente de minha mesa e o sorriso continua em meu rosto.
Demetria. É tudo por causa dela. Meu Deus, como é bom estar apaixonado, eu não fazia ideia que o sentimento de gostar de alguém e ser correspondido fosse tão descomunalmente grande e capaz de fazer alguém se sentir assim, a sensação é tão boa que pode ser comparada a se estar drogado.
Sinto-me bem, feliz, eufórico, agitado, com o coração batendo rápido toda vez que eu penso nela.
Quer saber, preciso falar com ela, ouvir sua voz. Pego meu celular e ligo para Demetria.
— Alô?
— Oi, linda. — Me reclino na cadeira sentindo meu corpo todo se arrepiar com o simples som de sua voz.
— Ah, oi...Ann...Rebeca. — Ela diz com a voz estranha.
“Rebeca?”
— Ah, você está com alguém conhecido por perto, não é? — Digo entendendo a situação.
— Isso mesmo, estou com Selena e Sunny experimentando pela última vez o vestido de dama de honra.

— Ah entendi. Será que podemos almoçar juntos hoje?
— Sinto muito, Rebeca, mas acho que vou acabar almoçando com as meninas. — Posso sentir por sua voz que Demetria está desconfortável.
— Ah, tudo bem. — Digo e não escondo meu desânimo. — Mas nos vemos hoje a noite, não é?
— Claro.
— Ótimo, porque já estou com saudades.
— Eu também.
— Tudo bem, vou ir trabalhar e deixar você experimentar seu vestido. Até mais tarde, te amo.
— Sim, até mais tarde, um beijo.
Desligo e jogo o celular em cima da mesa. O sorriso, ao pensar me Demetria, ainda está em meu rosto, o sentimento maravilhoso ainda aquece meu peito, mas esse súbito desespero de querer estar perto dela está me consumindo, me provocando uma sensação ruim de urgência. É tão estranho, nunca tive tanta vontade de ver e estar com alguém, acho que é uma sensação boa e ruim ao mesmo tempo.
Passo pela manhã de trabalho com um único desejo em minha mente e coração; Que a noite chegue logo e eu possa ver Demetria.
Apesar da ansiedade que eu venho sentindo, consigo me concentrar nas obrigações que tenho e até consigo passar pelas partes chatas e burocráticas sem estragar o meu humor.
Bem, isso até Mia me dar uma noticia que acabaria com o bom humor de qualquer homem sensato.
— Sr. a senhora Thompson está aqui e gostaria de vê-lo. — Mia diz ao telefone.
Sinto o meu bom humor me escapando pelos dedos e solto um xingamento depois de desligar o telefone e autorizar a entrada de Blanda.
Segundo depois, Mia abre a porta e Blanda, vestida em um terninho feito sobre medida, entra com sua presença prepotente de sempre. Acho que certas coisas nunca mudam.
Faço um maneio de cabeça para que Mia nos deixe a sós, ela fecha a porta deixando apenas Blanda e eu.
— Sra. Thompson. — Digo e não podia me sentir mais desconfortável. Não sei se devo levar em consideração nossa intimidade do passado e chama-la de Blanda ou não, então opto pela formalidade. E pela sua gargalhada foi a opção errada.
— É bom saber que você ainda consegue me fazer rir depois de tantos anos. — Ela diz vindo em direção as duas cadeiras em frente a minha mesa, e se senta em uma delas.
— Como tem passado, docinho? — Pergunta cruzando as pernas.
— O que você quer, Blanda? — Pergunto desistindo do tratamento formal.
— Vim convida-lo para almoçar hoje, para falarmos de negócios.
— Seu marido vai também? — Pergunto desconfiado.
— Carlson está ocupado hoje, então será somente eu e você. — Ela diz com um sorriso sugestivo.
— Obrigado, mas creio que terei que recusar sua oferta. Não acho uma boa ideia ficarmos sozinhos.
— Porque, tem medo de não resistir a mim? — Pergunta empinando o nariz e é minha vez de gargalhar.
Ela continua maravilhosa, é verdade, mas não me atraí como quando eu era novo e irresponsável. Agora eu tenho Demetria, muito mais linda e perfeita.
— Não se preocupe, tenho um bom controle sobre mim mesmo.
— Então venha almoçar comigo. Precisamos conversar sobre sua proposta, você precisa me convencer, porque Carlson não vai fechar contrato nenhum sem a minha aprovação.
— Você está brincando, não é?
— Não, falo muito sério. Além de ser sua advogado sou sua esposa, ele sempre pede minha opinião, tanto profissional como pessoal, sobre seus negócios.
— Não dá para acreditar. — Digo encarando-a incrédulo.
— Nunca ouviu falar que atrás de um grande homem sempre há uma grande mulher?
— Não quero almoçar com você, mas se é para falar sobre essa parceria acho que não tenho escolha.
— E não tem mesmo. — Um sorriso lento e vitorioso surge em seus lábios.

— Muito bem, então vamos. — Digo. Meu bom humor todo indo para o ralo.

5 COMENTÁRIOS PARA  O PROXIMO!!!

7 comentários:

  1. Acho que esse almoço não vai presta...
    Posta logoooooooooooooooo pleaseeeee

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  2. essa Blanda vai tentar algo certeza

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  3. Eita aí vem coisa kkkkk

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  4. Postaaaaa maisss por favor !!!! ❤️😍❤️😍😂😍😂

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  5. É serio, eu to com mto medo do que vem por ai

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  6. Tinha que aparecer essa cachorra para atrapalhar tudo, esse almoço não vai prestar

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