Joseph
— Bom dia.
— Bom dia,
Sr. Jonas.
— Bom dia, Charly.
— Bom dia,
Sr Jonas.
Entro no
elevador e assim que saio no andar do meu escritório vejo Mia, minha
secretária, trabalhando em sua mesa.
— Bom dia,
Mia. — Digo com o mesmo sorriso de orelha a orelha com o qual eu cumprimentei
qualquer pessoa que passou por mim hoje.
Mia me olha
surpresa, mas logo faz questão de disfarçar. Eu nunca fui um chefe ruim, mas
também nunca fui daqueles caras sorridentes que parecem sempre de bem com a
vida e de bom humor. Com certeza eu estou parecendo ser um deles hoje.
Mas como
poderia ser diferente? Estou mais feliz do que em toda a minha vida.
— Bom dia,
Sr. Jonas. Como está?
— Estou
ótimo, perfeito. E você? — Ela parece ser pega de surpresa de novo pela minha
resposta animada.
— Tudo
ótimo. — Ela me dá um sorriso tímido. — Esses são seus recados dessa manhã. —
Ela me entrega alguns papeis com nomes e números de telefone para que eu
retorne as ligações.
— Muito
obrigado, vou cuidar disso agora mesmo. — Digo e vou até minha sala.
Retiro meu
paletó e penduro na cadeira, sento-me a frente de minha mesa e o sorriso
continua em meu rosto.
Demetria. É tudo por causa
dela. Meu Deus, como é bom estar apaixonado, eu não fazia ideia que o
sentimento de gostar de alguém e ser correspondido fosse tão descomunalmente
grande e capaz de fazer alguém se sentir assim, a sensação é tão boa que pode
ser comparada a se estar drogado.
Sinto-me
bem, feliz, eufórico, agitado, com o coração batendo rápido toda vez que eu
penso nela.
Quer saber,
preciso falar com ela, ouvir sua voz. Pego meu celular e ligo para Demetria.
— Alô?
— Oi, linda.
— Me reclino na cadeira sentindo meu corpo todo se arrepiar com o simples som
de sua voz.
— Ah,
oi...Ann...Rebeca. — Ela diz com a voz estranha.
“Rebeca?”
— Ah, você
está com alguém conhecido por perto, não é? — Digo entendendo a situação.
— Isso
mesmo, estou com Selena e Sunny experimentando pela última vez o
vestido de dama de honra.
— Ah
entendi. Será que podemos almoçar juntos hoje?
— Sinto
muito, Rebeca, mas acho que vou acabar almoçando com as meninas. — Posso sentir
por sua voz que Demetria está
desconfortável.
— Ah, tudo
bem. — Digo e não escondo meu desânimo. — Mas nos vemos hoje a noite, não é?
— Claro.
— Ótimo,
porque já estou com saudades.
— Eu também.
— Tudo bem,
vou ir trabalhar e deixar você experimentar seu vestido. Até mais tarde, te
amo.
— Sim, até
mais tarde, um beijo.
Desligo e
jogo o celular em cima da mesa. O sorriso, ao pensar me Demetria, ainda está em meu rosto, o sentimento maravilhoso ainda
aquece meu peito, mas esse súbito desespero de querer estar perto dela está me
consumindo, me provocando uma sensação ruim de urgência. É tão estranho, nunca
tive tanta vontade de ver e estar com alguém, acho que é uma sensação boa e
ruim ao mesmo tempo.
Passo pela
manhã de trabalho com um único desejo em minha mente e coração; Que a noite
chegue logo e eu possa ver Demetria.
Apesar da
ansiedade que eu venho sentindo, consigo me concentrar nas obrigações que tenho
e até consigo passar pelas partes chatas e burocráticas sem estragar o meu
humor.
Bem, isso até
Mia me dar uma noticia que acabaria com o bom humor de qualquer homem sensato.
— Sr. a
senhora Thompson está aqui e gostaria de vê-lo. — Mia diz ao telefone.
Sinto o meu
bom humor me escapando pelos dedos e solto um xingamento depois de desligar o
telefone e autorizar a entrada de Blanda.
Segundo
depois, Mia abre a porta e Blanda, vestida em um terninho feito sobre medida,
entra com sua presença prepotente de sempre. Acho que certas coisas nunca
mudam.
Faço um
maneio de cabeça para que Mia nos deixe a sós, ela fecha a porta deixando
apenas Blanda e eu.
— Sra.
Thompson. — Digo e não podia me sentir mais desconfortável. Não sei se devo
levar em consideração nossa intimidade do passado e chama-la de Blanda ou não,
então opto pela formalidade. E pela sua gargalhada foi a opção errada.
— É bom
saber que você ainda consegue me fazer rir depois de tantos anos. — Ela diz
vindo em direção as duas cadeiras em frente a minha mesa, e se senta em uma
delas.
— Como tem
passado, docinho? — Pergunta cruzando as pernas.
— O que você
quer, Blanda? — Pergunto desistindo do tratamento formal.
— Vim
convida-lo para almoçar hoje, para falarmos de negócios.
— Seu marido
vai também? — Pergunto desconfiado.
— Carlson
está ocupado hoje, então será somente eu e você. — Ela diz com um sorriso
sugestivo.
— Obrigado,
mas creio que terei que recusar sua oferta. Não acho uma boa ideia ficarmos
sozinhos.
— Porque,
tem medo de não resistir a mim? — Pergunta empinando o nariz e é minha vez de
gargalhar.
Ela continua
maravilhosa, é verdade, mas não me atraí como quando eu era novo e
irresponsável. Agora eu tenho Demetria,
muito mais linda e perfeita.
— Não se
preocupe, tenho um bom controle sobre mim mesmo.
— Então
venha almoçar comigo. Precisamos conversar sobre sua proposta, você precisa me
convencer, porque Carlson não vai fechar contrato nenhum sem a minha aprovação.
— Você está
brincando, não é?
— Não, falo
muito sério. Além de ser sua advogado sou sua esposa, ele sempre pede minha
opinião, tanto profissional como pessoal, sobre seus negócios.
— Não dá
para acreditar. — Digo encarando-a incrédulo.
— Nunca
ouviu falar que atrás de um grande homem sempre há uma grande mulher?
— Não quero
almoçar com você, mas se é para falar sobre essa parceria acho que não tenho
escolha.
— E não tem
mesmo. — Um sorriso lento e vitorioso surge em seus lábios.
— Muito bem,
então vamos. — Digo. Meu bom humor todo indo para o ralo.
5 COMENTÁRIOS PARA O PROXIMO!!!
Acho que esse almoço não vai presta...
ResponderExcluirPosta logoooooooooooooooo pleaseeeee
essa Blanda vai tentar algo certeza
ResponderExcluirAh posta logo!!!!
ResponderExcluirEita aí vem coisa kkkkk
ResponderExcluirPostaaaaa maisss por favor !!!! ❤️😍❤️😍😂😍😂
ResponderExcluirÉ serio, eu to com mto medo do que vem por ai
ResponderExcluirTinha que aparecer essa cachorra para atrapalhar tudo, esse almoço não vai prestar
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