domingo, 23 de fevereiro de 2014

CAPÍTULO 46. 47 E 48

CAPÍTULO 46

— Obrigado por vir nos buscar.
Mesmo sem a entonação vazia na voz de Joseph, Demi podia perceber a exaustão em seus ombros e nas linhas fundas do rosto. Sentira-a emanando dele na volta do hospital.
— Por que não toma um banho e dorme um pouco? Ficarei com Graham. — Ela estendeu os braços para o bebê, mas Joseph se virou um pouco, os braços em torno da criança adormecida, a apertando.
— Estou bem.
Demi apaixonou-se mais um pouco por ele. No dia anterior, Joseph sofrera um susto enorme, e agora não queria deixar Graham longe. Embora detestasse ver Joseph sofrendo, o laço que havia entre ele e o filho mostrava que poderia ser o pai amoroso que ela esperava que fosse. E, se podia amar Graham, talvez encon­trasse um lugar em seu coração para ela e Cody.
— Mamãe! — gritou Cody enquanto corria ao encontro de Demi no vestíbulo, com Sarah bem atrás.
Demi o ergueu nos braços, apertou-o e agradeceu, em silêncio, pela saúde do filho.
A assistente de Joseph voltara ao trabalho aquela ma­nhã, embora fosse um domingo, e então, quando Joseph ligara, Sarah se oferecera para cuidar de Cody enquan­to Demi pegava pai e filho no hospital. O olhar cansado de Joseph se voltou para a assistente.
— Que bom que está se sentindo melhor.
— Eu também agradeço. Lamento que meu vírus tenha feito seu filho adoecer. Mas você está com uma aparência horrível. Siga o conselho de Demi, tome uma boa chuveirada e descanse. Demi e eu temos tudo sob controle.
— As inscrições...
— Demi descobriu a vencedora enquanto você estava no hospital. Deve ter ficado acordada metade da noite. Li o pedido, e, sem dúvida, é a ideal. Depois que des­cansar, eu lhe mostrarei, mas não antes.
Demi mordeu o lábio para não sorrir ao tom autoritá­rio de Sarah, e esperou a reação de Joseph.
— Está bancando minha mãe de novo.
— Alguém precisa fazer isto. Vá, deite Graham no berço quando subir. Eu sei que dormir é a melhor maneira de combater o vírus e vencê-lo.
Joseph hesitou alguns momentos, então subiu a esca­da. Demi ansiava ir com ele. Depois que ele desapare­ceu no alto da escada, Demi viu Sarah a observando.
— Alguma coisa errada?
— Não sei o que fez com ele, mas gostei. Apenas es­pero que não lhe parta o coração.
— Meu coração?
— Você o ama, já percebi. E aviso, não será fácil, mas minha mãe sempre disse que aqueles a quem era mais difícil amar eram os que mereciam mais. Este certamente é o caso de Joseph.
Demi queria negar, mas não podia. E Joseph estava diferente demais daquele homem distante, isolado, frio e viciado em trabalho que conhecera. Talvez aquilo pu­desse funcionar.
— Demi, por que não sobe e vê se ele precisa de al­guma coisa? Estou vendo que quer fazer isto.
— Cody...
— Está muito bem comigo. É um garoto encantador.
— Sim, é. Tem certeza?
— Estou bem de novo. Vamos comer alguma coisa, Cody.
— Odie fome. — Mexeu-se nos braços de Demi, e ela o desceu.

Então ele estendeu a mão confiante para Sarah, e os dois se dirigiram para a cozinha. Demi reuniu coragem e subiu a escada.

CAPÍTULO 47
Joseph segurou as grades do berço de Graham e ten­tou recuperar o controle. Sua vida virara de cabeça para baixo desde a chegada do garotinho. Mas estava deter­minado a consertá-la e voltar ao plano original. O tra­balho sempre estaria lá, as pessoas não davam a mesma garantia.
Sentiu a aproximação silenciosa de Demi. Ela parou ao lado dele, oferecendo-lhe o apoio sem palavras. Seu cheiro de madressilva o envolveu e lhe acalmou os nervos abalados.
— Como sabia o que fazer quando Graham teve a convulsão?
— Tive alunos com epilepsia e aprendi a cuidar deles durante um episódio.
— Eu não tinha a menor ideia.
— A maioria das pessoas não tem. Mas convulsões por causa de febre geralmente só ocorrem no começo de uma doença. Graham não deve ter outra por causa deste vírus.
— Onde aprendeu?
— Internet. — Sorriu, e alguma coisa se iluminou den­tro dele.
Devia afastá-la e começar a separação inevitável, mas não tinha força para isto.
Ela lhe tocou as costas.
— Estou ouvindo um chuveiro quente chamar seu nome.
Uma imagem do corpo dela quente e molhado contra o dele fez o coração de Joseph bater com mais força.
— Venha comigo.
— Para o chuveiro?
O choque nos olhos dela o fez perceber que não era uma boa ideia.
— Para dormir.
— Eu... nós... Sarah... — Mordeu o lábio, então acenou. — Está bem, por alguns momentos, depois preciso liberar Sarah.
Ele sorriu. Ela ficava tão facilmente perturbada. Se­gurou-lhe a mão e a levou ao banheiro, sentou-a na banqueta diante da bancada e tirou a roupa. Gostava da forma como os olhos dela seguiam cada movimento, devorando cada pedacinho de pele revelado. Suas pupilas cresceram, o rosto ficou ruborizado, os lábios se abriram, excitando-o até mesmo antes de tirar as meias.
Os olhos dela se arregalaram quando viu a reação dele a ela, e a língua umedeceu os lábios. Queria tanto a língua dela nele que quase desistiu do banho. Mas precisava lavar o cheiro do hospital. E então tê-la. Cada centímetro sardento dela.
Entrou no boxe, lavou-se e enxaguou-se depressa, o tempo todo completamente consciente da observação de Demi, dos dedos dela se dobrando, como se quisesse lavar a pele fervendo.
A necessidade de preencher o vazio que se abrira quando entendeu que precisava deixá-la partir se tor­nou urgente demais. Fechou a torneira, enxugou-se rapidamente com a toalha que ela lhe entregou. Não se deu ao trabalho de se pentear, apenas passou os dedos pelo cabelo e estendeu a mão para ela. Demi se ergueu na ponta dos pés e encontrou a boca de Joseph com lábios suaves. Por melhor que fosse, não era o bastante. Precisava dela nua junto a si. Então despiu-a depressa, jogando as peças no chão, afastou-a alguns centímetros para admirar lhe os seios pálidos e os mamilos rosados. Olhar também não era suficiente. Provou um, depois o outro, a fome lhe apertando as entranhas.
E então mapeou, faminto, cada curva de pele macia, com as palmas, os dedos, acariciando, pegando, apertando. Quando viu o reflexo das costas dela nos espe­lhos, pensou em tomá-la ali, na bancada, onde poderia observar cada estocada do corpo dele no dela. Mas não. A última vez não podia ser apressada. Queria fazer tudo devagar, saborear cada segundo, cada sensação, cada toque, cada cheiro, cada respiração.
Carregou-a para a cama e deitou-a, desejando ter tempo para contar todas as suas sardas. Mas isto levaria o dia todo e não tinha tempo nem paciência.
Ela ergueu os braços para ele, mas primeiro precisa­va provar seu doce néctar uma última vez. Ele beijou-lhe a boca, e as línguas duelaram, abriu-lhe os grandes lábios com dedos impacientes e a encontrou molhada, excitada e pronta para ele. Moveu-se para baixo, pro­vou cada um dos mamilos, sentiu a fragrância inebriante da pele antes de se aproximar do umbigo e do triân­gulo de pelos ruivos. Encontrou o botão inchado e o lambeu. Ela arquejou, e seu corpo arqueou.
Ele segurou-lhe as nádegas e a manteve cativa. Determinado a fazer da última vez a melhor, devorou-a. Lambeu e sugou, provocado pela música de seus gemi­dos e suspiros e, quando o corpo dela ficou tenso, mostrando-lhe que estava à beira do clímax, penetrou-a com os dedos e sentiu o aperto íntimo e a antecipação de tomá-lo. Ela estremecia e se contorcia, então os músculos se contraíram em tomo de seus dedos. Mas um orgasmo não era o suficiente. Joseph queria que ela se lembrasse daquilo, se lembrasse dele. Levou-a à margem de novo e de novo até ela amolecer em seus braços.
— Por favor, Joseph, preciso de você.
À voz trêmula o fez perder o controle. Deitou-se sobre ela naquele espaço entre as pernas com o qual sonhara tantas vezes e quase se esqueceu do preservativo. O que mostrava o quanto a deixara se aproximar. Abriu brusca­mente a gaveta da mesinha de cabeceira e cuidou, impa­ciente, do assunto. Segurou-lhe o olhar enquanto mergu­lhava, centímetro por centímetro, no abraço quente, úmido e apertado. O desejo lhe queimava a base da espi­nha, o corpo lhe ordenava que se aprofundasse nas cha­mas e afundasse no inferno, mas ele se segurou, tentando chegar lentamente, saborear cada carícia daquela caver­na, cada toque dos dedos. O suor lhe cobriu a pele com o esforço.
Demi cruzou os calcanhares em suas costas e se er­gueu para encontrar cada estocada. As unhas curtas lhe arranhavam a carne, não o ferindo, mas abalando-lhe o controle, então roçaram-lhe os mamilos e a represa ex­plodiu. Não podia adiar nem mais um segundo o alívio, que o tomou totalmente, abalando-lhe o corpo e a alma com as ondas de prazer alucinante, os espasmos se sucedendo infinitamente.
Quando tudo terminou, estava mais consumido do que nunca. Caiu como um castelo de cartas. As mãos de Demi o afagaram nas costas, acalmando-o, relaxando-o com o abraço. Quando encontrou forças, ele ergueu-se nos cotovelos, inalou profundamente o ar perfumado de sexo e madressilva e silenciosamente disse adeus. Hora de reconstruir as barreiras.

CAPÍTULO 48 

Déjà vu. Demi apertou o telefone e bateu à porta do quarto de Joseph. Bateu de novo e, quando ele não res­pondeu, ela entrou. Estava ainda na cama, nu, deitado de bruços, com o lençol lhe cobrindo apenas a parte inferior do corpo. Viu os arranhões que apenas ela poderia ter feito e ruborizou.
Ele piscou, rolou de lado e passou a mão no rosto.
— Você está vestida.
— Sim. Há um telefonema para você. Sarah disse que é urgente.
Ele se sentou, o lençol caiu e revelou a linda carne masculina. Estendeu a mão, e ela teve que se aproxi­mar para entregar-lhe o aparelho. O ar cheirava a ele, a eles, e ao que haviam feito. O coração dela disparou, e o desejo surgiu de novo, surpreendendo-a com sua violência.
— Jonas. — E então suas costas enrijeceram. — Quando? — Ouviu, fechou os olhos, suspirou, o alívio palpável. — Ela está bem?
E então Demi soube. O telefonema só poderia significar uma coisa. E embora ficasse feliz por Graham, não sabia o que aconteceria entre ela e Joseph. Quando Ash voltasse, Demi perderia o emprego.
— Ótimo, ponha-a no avião. Estarei esperando. — Desligou e soltou o aparelho na cama. Virou-se para ela. — Ash está vindo para casa.
— Quando chegará?
— Amanhã de manhã. Está embarcando agora. Descerei em dez minutos.
As últimas palavras eram claramente uma rejeição, e o rosto dele... o rosto dele tinha a mesma expressão fechada e severa do dia em que o conhecera. Por que aquilo parecia o começo do fim?

Desculpem a demora mas é que eu estou doente mais precisamente pneumonia passei a semana em casa mas não deu pra mim postar espero que entendam pode ser que mais tarde se der posto mais um e detalhe já está na reta final da história.

15 comentários:

  1. ai que dó da Demiii, coitada
    Joseph malvado
    posta logo, pff

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  2. joe nao pode terminar assim com a demi :(

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  3. posta maiiiiiis ta perfeito demaiiis , naooo acabando naoo :(

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  4. Espero que você fique bem de verdade! E amei os capítulos :))
    E de verdade não demore
    Beijos , Fabíola Barboza

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  5. Espero que esteja se sentindo melhor florzinha!Nossa nem acredito que o Joe vai voltar a ser quem era!fala sério ! Tadinha da Demi!!! Posta mais, por favor!!! Bju

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  6. Mulher, como vc para ai?? Bem ai??
    Ashley não era pra ter voltado, logo agora que ia dá tudo certo!!
    PELO AMOR DE DEUS POSTA MAIS ESSE SEMANA!!
    NEM QUE SEJA UM MEGA MINE, MAS POSTA! EU NECESSITO SABER O QUE VAI ACONTECER!!

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  7. Puta q pariu ta mt foda..
    Awnn o Joe nao queria deixar o Graham mds q lindos *-*
    Agora eu to amando o Joe com o Graham..
    Vishe com Ash voltando mds vai dar ruim.. Tomara q o Joe nao muda poq vai ser foda a Dem vai sofrer pra caralho.
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    Xoxo

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  8. Perfeito. Estou triste final já?
    Cuida-te e melhora ! Espero que estejas a receber mimos tbm são bons remédios?

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  9. melhoras para vc , quando vc vai postar o próximo capítulo? estou amando a história *-*

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  10. pq que o joe faz isso cara =( agora que ia dar tudo certo. A Ashley tbm não tinha que aparecer agora.

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