domingo, 31 de março de 2013

AMOR SEM FIM CAPÍTULO 3

Joseph acordou suando e alterado por causa de um sonho erótico e vociferou palavrões. Demi, a ruiva graciosa e pequenina, havia estimulado sua libido ao extremo. Por que ela? Seria atração pelo fruto proibido? A ideia de fazer sexo no escritório? Jamais tentara, mas já havia imaginado algumas vezes. No entanto, poderia ter realizado tal fantasia há muito tempo, caso tivesse querido. Oportunidades não faltaram.

Entretanto, apesar do fato de um número considerável do quadro feminino da empresa já ter se insinuado sexualmente para ele, Joseph jamais correspondera. Na verdade, as investidas o exasperavam. Acima de tudo, era um homem de negócios sério. Acreditava que reforçar as regras que regiam o ambiente de trabalho era fundamental para manter a disciplina, a motivação e o bom desempenho de todos. Apesar da excitação que sentia, sabia que fazer sexo com a garçonete não lhe traria nada além de dor de cabeça.

Ao mesmo tempo, pensou, enquanto tomava seu café-da-manhã, não haveria razão para não seduzi-la se ela não estivesse mais trabalhando nas indústrias Jonas.

Em sua limusine, a caminho do trabalho, preso no trânsito londrino, ficou conjeturando e imaginando possibilidades. De repente, surpreendeu-se ao perceber que estava pensando em Demetria Lovato mais do que deveria. Nem mesmo entendia por que se lembrava do nome dela. Era estranho. Ele estava estranho.

Desde quando sexo era algo muito importante em sua vida? Todas as suas necessidades eram saciadas por beldades altamente sofisticadas, uma em Londres e outra na Grécia. Ambas sabiam de seus papéis e os representavam com muito estilo e discrição.

Marcou um encontro para depois do almoço com a amante inglesa. Obviamente, estava sexualmente frustrado, concluiu.

Ao meio-dia, Demi bocejava como se fosse madrugada. Fora encarregada de tirar cópia de muitos documentos e estava tão entediada que era capaz de tirar um cochilo ali mesmo, de pé, em frente à copiadora.

— A gente sempre fica com as funções que ninguém quer fazer — queixou-se Stacy, aborrecida.

— Não tenho competência para fazer nada muito melhor que isso — contestou Demi.

— Aposto que aquela tirana da Annabel passou a noite toda fazendo uma lista de coisas chatas para a gente fazer.

— Ela não é má pessoa. — Demi virou-se para a porta de entrada ao ouvir passos no corredor. Ia terminar de responder a Stacy, mas perdeu a voz ao ver o homem que vinha na direção da sala onde ela estava. Abaixando um pouco o celular que levava ao ouvido, Joseph Jonas olhou de relance para a entrada da sala e parou momentaneamente.

— Por acaso existe alguém de quem você não goste? — perguntou Stacy, de costas para a porta, em um tom irritado. — Não é normal ficar falando bem de todo mundo o tempo todo.

Demi teve vontade de rir do comentário da colega, mas não conseguiu emitir qualquer som, pois um par de olhos negros e flamejantes a estudava da porta. Não conseguia se mover, interromper aquela conexão visual. Uma sensação estranha de prazer a invadiu. O coração batia tão acelerado que ela podia ouvi-lo. Estava arrepiada.

E, de repente, ele voltou a andar e desapareceu pelo corredor, deixando-a trêmula, exaurida e totalmente abismada. Mas o que havia com ela? Ele apenas olhara em sua direção por alguns segundos e ela o encarara paralisada! Teria gostado de dizer a Joseph que nunca iria esquecer a felicidade que ele havia proporcionado à irmã. No entanto, na época, a gratidão da avó havia deixado o magnata desconfortável e Demi não queria repetir o mesmo erro. De qualquer forma, pensou desanimada, era improvável que ele se lembrasse da irmã, depois de tantos anos.

— Olá? — Stacy estalou os dedos na frente do rosto de Demi, tentando chamar a atenção da colega. — Alguém em casa?

No escritório, Joseph se esforçava para desempenhar a rara tarefa de questionar suas próprias ações. A face de traços belos e fortes estava tensa e demonstrava incompreensão. Visitara quase todas as dependências de seu edifício, indo a salas que nem sabia que existiam. E por quê?

Estava aborrecido com a suspeita de que aquela atitude fora motivada por um desejo inconsciente de ver Demi. Estava ainda mais irritado por concluir que, após um segundo exame minucioso, ela estava ainda mais bela e atraente do que da primeira vez que a vira. Vestida com uma blusa branca e uma saia preta justa que enfatizavam as curvas exuberantes, ela parecia arrebatadora.

Para curar aquele mal, decidiu ir imediatamente ao apartamento da amante. Foi quando Asheley ligou.

— Decidi que quero o tema Grécia Antiga para a festa de casamento — disse a noiva de modo entusiasmado. — Você disse que queria um casamento tradicional. O que pode ser mais tradicional que os deuses antigos?

— Eles eram pagãos — respondeu Joseph, secamente.

— E quem se importa? Nosso casamento será o evento do ano. Você pode encarnar Zeus, o rei dos deuses, e eu serei Afrodite, a deusa da beleza.

— De acordo com Homero, Zeus e Afrodite eram pai e filha.

Quinze minutos depois, Joseph estava na casa da amante. Sexo, estava convencido, iria ajudá-lo a recuperar o domínio sobre si mesmo e a racionalidade habitual. Durante as últimas 24 horas, tornava-se cada vez mais ciente que não estava sendo ele mesmo. Infelizmente, no instante em que pôs os olhos na bela e loura modelo, descobriu que já não a achava mais tão atraente.

De repente, e por um motivo que não conseguia compreender, ela o fizera deixar de desejar as outras mulheres. Pior ainda, pegou-se fazendo comparações entre ela e Demi Lovato. Para um homem que funcionava à base de lógica pura, tais raciocínios, tão perversos, eram intensamente perturbadores.

Confuso, informou que o envolvimento dos dois havia chegado ao fim. A loura recebeu a notícia com resignação, pois sabia que seria muito bem recompensada, com um acordo financeiro generoso.

Joseph voltou para a limusine sem ter conseguido liberar a tensão sexual.

Sentia-se impaciente. Tanto sua vida pessoal quanto a rotina de trabalho eram previsíveis e planejadas para atender a todas às suas expectativas. Ao escolher Ashley como noiva, sabia que ela seria perfeita, pois nunca iria exigir nada que ele não estivesse disposto a proporcionar. Sendo filho único, de pais egoístas e irresponsáveis, não assumia riscos na vida pessoal.

Satisfazia seu forte apetite sexual com um mínimo de comprometimento e emoção. Apesar das relações superficiais que mantinha com todas as mulheres, não era de seu feitio dormir com muitas.

Para resumir, desejar ardentemente uma funcionária temporária ruiva e sexy, definitivamente, não era seu estilo. Ela não fazia parte de seu meio social ou de sua realidade. Não era nem mesmo o seu tipo geralmente preferia louras de pernas esguias. Porém, a pele incrivelmente alva, os olhos verdes e a boca carnuda e rosada de Demi estavam gravados em seu cérebro, concluiu Joseph com uma frustração colérica.

Estava determinado a reprimir desejos tão insensatos. Seria um ato de imperdoável estupidez envolver-se com uma funcionária, mesmo que temporária. Porém, tinha de admitir que o fato de ela tê-lo olhado com tamanha reverência fora incrivelmente atraente...

Ao cair da tarde, Demi se deu conta que em menos de uma hora acabava seu turno e estaria fora do edifício Jonas. No dia seguinte, já estaria trabalhando em outro lugar.

Próximo da hora de ir embora, mandaram-na buscar uns documentos em outro andar. Quando terminou de entregar os papéis foi para a copa e fez o café da forma como lhe haviam explicado que Joseph Jonas gostara. Já não tinha certeza se ele estaria no escritório. Levando a xícara de café em uma das mãos trêmulas, bateu à porta da sala dele. Não houve resposta. Com medo que alguém a visse e a impedisse de vê-lo, girou a maçaneta. As palmas das mãos transpiravam.

— Posso ajudar? — Um homem mais alto que a porta apareceu do nada e se materializou atrás dela. Tinha um sotaque estrangeiro e o rosto moreno era frio. Ela o olhou, nervosa, perguntando-se quem seria.

— Trago um café para o sr.Jonas. Quem é o senhor?

— Nemos. Sou responsável pela segurança do sr. Jonas.

O homem olhou com atenção para o crachá de identificação na blusa de Demi e, então, a surpreendeu ao abrir a porta para que ela entrasse.

— Vá em frente, srta. Lovato.

O escritório da presidência das indústrias Jonas era vasto e decorado em um estilo contemporâneo de muito bom gosto. Porém, estava desanimadoramente vazio.

Perdida, Demi perambulou pelo ambiente até ouvir um barulho vindo de uma das portas abertas do outro lado da enorme sala.

A pulsação dela acelerou ao entrar pela porta que dava em um hall. Franziu a testa e olhou para a direita e para a esquerda.

— Quem está aí? — Uma voz familiar inquiriu com impaciência.

Tomada pela preocupação de que mais uma vez acabaria irritando Joseph, Demi virou-se para a esquerda e respondeu:

— Fiz café para o senhor, sr. Jonas...

Deu mais um passo, entrando em outro ambiente, e se deu conta que havia cometido um erro. Acabava de entrar em um closet repleto de espelhos e roupas.

Notou que havia um banheiro do lado direito do aposento, alguns segundos antes de Joseph Jonas surgir de lá de dentro com os cabelos molhados e a camisa branca desabotoada. O peito moreno e musculoso estava à mostra. Os pés descalços, por debaixo das calças imaculadas feitas sob medida que lhe cobriam as pernas.

— Ai, meu Deus! Sinto muito! — gaguejou Demi, extremamente envergonhada.

Surpreso em vê-la, visto que seus seguranças eram altamente eficientes ao garantir sua privacidade, Joseph a observou atentamente. Estava impressionado por ela ter conseguido passar pela segurança. No entanto, ao deixar que a beleza dela enchesse seus olhos e provocasse uma resposta sexual imediata, seus instintos primitivos assomaram. Concluiu que apenas o destino poderia ter criado aquela oportunidade tão fortuita. Afinal, ela havia entrado na sua suíte particular sem pedir licença ou ser convidada, e os dois estavam sozinhos, em um lugar onde ninguém se atreveria a importuná-lo.

— Achei que fosse mais uma sala de reuniões... não fazia ideia.

Constrangida demais para encará-lo, Demi estava prestes a se virar e sair do quarto rapidamente:

— Por favor, perdoe minha intromissão.

— Trouxe café? Para mim? — Joseph a recebeu com um sorriso delicioso. — Que gentileza a sua.

O impacto descomunal daquele sorriso lindo e sensual deixou Demi totalmente aturdida. Sentiu uma sensação incômoda e o ar faltou de repente. Não ia permitir que sua atenção se fixasse além da altura do queixo angular dele. Sabia que tinha algo a dizer, porém, subitamente, a memória havia se transformado em uma gigante e horrível lacuna.

— Sr. Jonas... com licença — conseguiu balbuciar, sem ar.

— Não.

Enquanto a estudava, Joseph descobria que os olhos dela, verde-esmeralda, tinham um fulgor de tirar o fôlego. Achou exótico e singular o contraste entre a pele muito branca e seu cabelo cor de cobre. Toda vez que a analisava, encontrava algo de novo para apreciar.

— Como?

Ela não conseguia deixar de fitá-lo, estudando cada detalhe com um interesse que não conseguia disfarçar. O rosto moreno de pele macia acentuava o brilho dos olhos de cor aperolada e escura, o nariz altivo e a boca carnuda criavam um conjunto másculo e irresistivelmente belo.

9 comentários:

  1. liiindo haha' ameei demais, essa história promete u_u
    Poosta loogo por favor, amando demais, beeijos

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  2. anwww, que lindo vc colocou pra anonimos poder comentar *-*
    Ta, eu sou a C. Shay. Eu sempre comento em anonimo pq eu já deixo a conta que eu normalmente uso pra fazer quase tudo logada no meu not, ai essa C. Shay era da época que eu tinha um blog e postava fic's só que eu fico com preguiça de sair da que eu normalmente uso pra entrar nessa, entãão, sempre vou comentar em anonimo.
    Poosta looogo essa história é muuito linda, queero só saber o que vai acontecer, posta logo pleeease, xoxo
    C. Shay

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    1. tudo bem C. Shay seus comentários serão sempre bem vindos ok e que bom que está gostando da história ainda tem muito por vir. Postei!

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  3. poosta logo, esssa história parece ser otima, posta por favor beijos

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