sexta-feira, 29 de março de 2013

AMOR SEM FIM CAPITULO 2

— E você é...? — ele perguntou secamente.

—Demi... Demetria Lovato.

Demi avistou Annabel e viu a superior balançar a cabeça, indicando claramente que deveria sair dali o mais rápido possível. Voltou para o carrinho e foi em direção à saída.

Sentia tanto calor, frustração e raiva que teve de lavar o rosto com água fria para se acalmar. Quando finalmente tinha a oportunidade de se encontrar pessoalmente com Joseph Jonas, havia conseguido causar a pior impressão possível de si mesma. Estremeceu com a suspeita de que ele tivesse visto as lágrimas involuntárias de desgosto em seus olhos ao perceber a extensão do estrago que causara. Como pôde ser tão pouco profissional?

O que a incomodou ainda mais foi o tipo de comportamento que teve na frente dele. Eram irritantes a ingenuidade e a inexperiência que demonstrava quando o assunto era homem. Na verdade, tivera poucas oportunidades de adquirir vivência na área amorosa, pois havia passado toda a adolescência e o início da juventude presa às responsabilidades da casa. Era impossível ter vida social, nunca podia sair. Em alguns aspectos, era mais madura que as meninas da sua idade, pois convivera muito com os avós. Quando se mudou para Londres, para procurar emprego, depois que a avó faleceu, descobriu que não estava em sintonia com a maioria das pessoas da sua geração. Sexo casual e bebedeira iam contra os princípios que havia aprendido a respeitar.

Porém, Demi era honesta o suficiente para admitir que, no momento em que entrou naquela sala de conferência e viu Joseph Jonas, descobriu que nunca havia se sentido tão genuinamente atraída por um homem. Naquele instante, seu cérebro parecia derreter, e o corpo, um ente independente e estranho que respondia a impulsos que desconhecia que possuía. A força daquele instinto físico a tinha pego de surpresa, e mesmo depois, ao relembrar os acontecimentos, ficava chocada. A consciência perturbadora de algumas partes íntimas do corpo não a deixava em paz, percebendo que tinha estímulos sexuais que havia ignorado, até então, por precaução ou medo. Será que ele desconfiara dos motivos por que ela havia ficado tão alterada ao lado dele? A suspeita a fez encolher-se de apreensão. Mesmo que ele estivesse acostumado a chamar a atenção feminina, era compreensível que esperasse um comportamento mais prudente e reservado por parte de uma de suas empregadas.

— Senhorita Lovato? — Annabel Holmes murmurou da porta. — Posso conversar com você?

Demi empalideceu, afastou-se obedientemente do carrinho que estava limpando e encarou a gerente.

— Tem certeza de que está bem? Foi uma queda e tanto — disse Holmes de um jeito um tanto ríspido.

— Estou ótima, apenas a dignidade está um pouco arranhada — respondeu Demi sem graça. — Vocês conseguiram terminar a apresentação?

— Infelizmente, não. O sr. Jonas tinha outra reunião. Ele nunca fica aqui muito tempo, e quando permanece, a agenda está sempre lotada. Falhas são um inconveniente que ele não esquece — comentou Annabel desolada. — A culpa foi minha por ter lhe pedido para servir as bebidas.

— Não! Fui eu que fiz tudo errado! — protestou Demi.

— Infelizmente, o sr. Jonas tem baixa tolerância para falhas. Tenho certeza de que serei sempre lembrada por essa tarde desastrosa.

A culpa tomou conta de Demi com mais intensidade ainda.

— Não creio, tenho certeza que ele é um homem sensato.

Uma risadinha maldosa se estampou nos lábios de Annabel.

— Você ainda está sob o efeito Jonas, não está? O coração bate mais forte nas primeiras vezes. Mas já passei dessa fase. Agora o meu coração apenas entra em pânico sempre que ele está por perto — confidenciou, um tanto desanimada. — Ele é um homem lindo, mas por trás daquela beleza há um homem frio e exigente, e se você não se moldar às demandas dele, é dispensada imediatamente.

A primeira reação foi querer argumentar contra aquela conclusão tão severa a respeito de Joseph Jonas, mas Demi se conteve. Voltou a se desculpar, pois notou que Annabel estava realmente preocupada com o futuro de seu emprego.

Annabel deu de ombros e disse que ela não se preocupasse.

— Essa é a vantagem de ser uma funcionária temporária — acrescentou a chefe. — Amanhã você sai daqui e começa do zero em outro lugar, no dia seguinte.

Com o coração acelerado, Demi limpou a mesa da sala de conferência já vazia. Certamente, Annabel Holmes estava equivocada em relação a Joseph Jonas, e exagerando por causa da gafe infeliz. Mas alguns magnatas muito famosos tinham a reputação de ser verdadeiros tiranos e exploradores no ambiente de trabalho, pensou Demi, aborrecida. E o que ela sabia sobre Joseph Jonas como patrão? Será que o emprego de Annabel estava ameaçado por causa da falta de jeito dela? Se fosse o caso, não seria sua obrigação defender Annabel e assumir toda a culpa pelo incidente ocorrido?

No dia seguinte, faria de tudo para falar com ele. Talvez, quando ele chegasse de manhã ou mais tarde, conseguiria encontrá-lo sozinho por um momento. Poderia muito bem fazer um café como desculpa para interrompê-lo. Alguns minutos seriam suficientes. Era um alívio saber que algumas palavras, se escolhidas estrategicamente, eram capazes de reverter um episódio constrangedor.



 




 

7 comentários:

  1. lindo lindo mesmo haha' heey pls, tira o caphta porque ficar melhor de comentar, dá preguiça de comentar tendo que colocar aquele codigo, tes, tesc, poor favor.
    Taaa linda essa história, poosta loogo, pls! xoxo

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    Respostas
    1. ok, vou tentar fazer isso o mais rapido possivel assim que der farei
      obrigado pelo comentário e sempre que tiver sugestões e ou críticas serão bem recebidos.

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  2. Adorei a história!
    Será que poderia colocar os seguidores para que eu possa seguir o blog?

    Você gosta de histórias com suspense, mistério? Se gostar veja o meu blog. Se quiser comente ou torne-se seguidora.
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    Bjs :)

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