Ela me lança
um sorriso largo e predatório, caminha lentamente até parar ao meu lado.
— Olá. — Ela
diz.
— Oi.
— Você por
acaso não teria um batom, teria? — Ela pergunta se olhando no espelho e
fingindo ajeitar o cabelo.
Droga, ela é
tão linda. É maravilhosa, posso ver claramente o porquê Joseph a quis, qualquer homem iria querer.
— Não. —
Respondo e me viro em direção a porta, mas ela segura meu pulso e pede que eu
pare.
— Preciso
conversar com você. — Ela diz.
— Não sei se
temos algo para conversar. — Ela me segura de novo.
— Temos sim,
temos que conversar sobre Joseph,
tenho que alerta-la. — Desisto de tentar ignora-la, paro na sua frente com os
braços cruzados, numa posição defensiva.
— Eu entendo
você, entendo o porquê você está com Joseph.
Sejamos sinceras, que mulher em sã consciência não aceitaria as migalhas de
atenção de um homem tão viril e atraente como ele, não é mesmo? Basta uma
palavra dele que esquecemos todo nosso autorrespeito e caímos aos seus pés. Foi
isso que aconteceu com você, não foi? Aconteceu comigo também. — Ela se encosta
da pia e inclina a cabeça, me lançando um olhar analisador dos pés a cabeça.
— Não
entendo, eu tento compreender, mas não consigo. — Ela comenta.
— O que? —
Pergunto.
— O porquê
ele estar com alguém como você. Quando ele me disse estar apaixonado, eu
imaginei que seria por uma mulher de verdade.
Abro a boca
e infelizmente o choque de sua palavras é grande demais para me permitir lhe
dar uma resposta a altura.
— Ah, não me
olhe assim, você sabe que é verdade. Joseph
é um tipo único de homem, ele merece muito mais do que você pode oferecer, ele precisa
de muito mais do que você pode oferecer.
— Eu posso
lhe dar tudo o que ele precisa. — Respondo confiante.
— É mesmo,
tem certeza disso? No momento em que eu coloquei meus olhos em você, eu percebi
que você não faz o tipo de Joseph.
Ele tem necessidades muito singulares, e não é toda mulher que é capaz de
atendê-las. Você certamente não é.
— E você é?
— Pergunto soltando uma risada de escárnio.
—
Obviamente.
— Você é
maluca mesmo, você não tem nada a oferecer a Joseph, nada que ele queira ou precise.
— Não era
isso que parecia quando ele me chamava até o seu apartamento para me foder. Ele
parecia estar gostando muito do que eu tinha a oferecer. — Ela sorri ao me ver
vacilar.
— Isso foi
há muito tempo, Joseph mudou.
— Eu não
acho, não. Joseph sempre teve uma
certa inclinação se tratando de sexo, uma inclinação muito forte, é algo que
faz parte dele e nunca irá embora.
— Seja o que
for, eu posso cuidar dele.
— É mesmo?
Então talvez eu tenha me enganado com relação a você. Talvez você só aparente
ser uma garota inexperiente, inocente e cheia de pudor, mas por dentro você é
uma devassa tanto quanto eu. Diga-me, você não adora os sons que Joseph faz quando você está chupando
ele? Ou então como ele fica excitado quando você está de quatro e deixa-o fazer
sexo anal? Ah sim, eu adorava quando ele me comia por trás. Mas nada supera o
prazer que eu sentia quando participávamos de uma orgia. Ele parecia uma
criança numa loja de doces. Adorava quando eu e alguma outra mulher chupávamos
seu pau como se fosse um pirulito. — Ela joga a cabeça para trás e ri. — Deixe
eu te contar sobre a vez que ele me fodeu com mais outras três desconhecidas
que nós encontramos em um bar...
— Chega! —
Grito. Sinto meus olhos se encherem d’água e luto com todas as minhas forças
para não derrama-las, não posso chorar, não na frente dela. Sinto meu estômago
ficando doente, me sinto enojada ao imaginar Joseph, Blanda e outras mulheres, todos juntos na mesma cama. Sinto
que posso vomitar a qualquer momento.
— Se você
nem aguenta escutar sobre, com certeza ainda não fez essas coisas com ele, não
é mesmo? Uma pena, porque se você não fizer, se você não for esse tipo de
mulher, ele não vai te querer. Joseph
não gosta de mulherzinhas inocentes e que são extremamente entediantes na cama,
ele gosta de ação. Ele gosta de sentir prazer sem pudor, sem restrições, ele
gosta de algemar, amarrar, bater, dividir, ele gosta de sexo na sua forma mais
suja, mais impura, ele gosta de se enfiar em todos os buracos que você tem e
não de fazer amor.
— Cala a
boca. — Digo com os dentes cerrados.
— Você está
assim porque sabe que é verdade. Ou você se transforma no que ele precisa, faz
o que ele realmente gosta, ou sai do caminho e deixa uma mulher de verdade
cuidar do seu homem. Sinceramente, eu não acho que você seja capaz de ser o
tipo de mulher que ele gosta, então na verdade você só tem duas opções. Ou você
se afasta de Joseph agora, deixando o
caminho livre para mim, ou você fica com ele mais, o que? Um, dois meses? Que é
o tempo que eu estimo que vá levar até ele se cansar de você e te dar um pé na
bunda, e sai dessa história sem dignidade alguma. Não importa, qualquer que
seja o caminho que você escolher, vai acabar com você sozinha e Joseph na minha cama. E sabe por quê? Porque
eu sou o tipo de mulher que Joseph
gosta, e ele é o tipo de homem que eu gosto. E quando eu quero algo, eu tenho,
custe o que custar.
Ela se vira
para o espelho, arruma o cabelo e esfrega os lábios um no outro.
—
Considere-se avisada, queridinha. — Ela diz e passa por mim, saindo do
banheiro.
Assim que a
porta se fecha vou até a pia e me apoio nela, respiro fundo e não consigo mais
prender as lágrimas.
Assusto-me
quando a porta se abre novamente. Mais uma vez vejo Blanda pelo espelho, viro
meu rosto rapidamente para ela não ver que estou chorando.
— Ah, já
estava esquecendo. Só para o caso de você achar mesmo que ele te ama...Eu e Joseph nos beijamos mês passado, no
escritório dele. Tenho quase certeza que ele não te contou isso, não é? Só não
transamos porque fomos interrompidos. Não se iluda, criança, ele não te ama. —
Ela diz e fecha a porta, me deixando sozinha novamente.
Fecho os
olhos com força e levo a mão até a boca, para abafar os barulhos que saem.
Sinto uma
forte náusea subindo rapidamente, só tenho tempo de correr até a cabine mais
próxima e me jogar no chão. Vomito todo o jantar dentro do vaso sanitário.
Espasmos
fortes percorrem meu corpo enquanto coloco tudo para fora. Quando finalmente
não tenho mais nada no estômago, levanto-me e puxo a descarga.
Vou até a
torneira e enxáguo a boca, percebo com alívio que o hotel tem um kit para uso
dos hóspedes e convidados. Procuro por um enxaguante bucal e encontro um
pequeno frasco, coloco na boca e faço um gargarejo. O tempo todo com lágrimas
escorrendo por minhas bochechas.
Quando
finalmente tiro o gosto ruim da boca, me olho no espelho. Meu Deus, minha boa
aparência já era, estou horrível.
Sinto
vontade de me sentar no chão e ficar encolhida, chorando, a noite inteira. Não
quero sair daqui e ter que enfrentar todas aquelas pessoas.
Sinto um
vazio no peito que é muito doloroso. Sinto medo, não quero perder Joseph, eu o amo tanto.
Todas as
palavras de Blanda ficam se repetindo e se repetindo em minha cabeça, me
machucando cada vez mais, toda vez que eu as escuto novamente.
Muitas
imagens de Joseph fazendo aquelas
coisas que ela disse surgem em minha mente, se somando a aquelas que Ian já tinha colocado lá.
Tento
bloquea-las com a força das minhas memórias boas com Joseph. Todos os momentos carinhosos e cheios de amor. Mas as
imagens sórdidas resistem bravamente, imagens do velho Joseph lutando com as do novo Joseph.
Tento me
lembrar se alguma vez Joseph
demostrou estar insatisfeito com nossa vida sexual. Para mim sempre é tão bom,
tão perfeito, não poderia ser melhor. Mas e para ele? Será que ele acha que eu
sou muito sem graça, muito...Frígida?
Se eu não
consegui satisfazer nem Logan nem Harry, levando-os a ter que me trair,
como eu espero conseguir satisfazer um homem como Joseph? Ele é muito mais intenso, mais experiente, tem expectativas
mais altas.
Eva tem
razão, eu nunca fiz aquelas coisas. Meu Deus, eu nunca nem sequer fiz sexo oral
em Joseph. Foi algo que eu
simplesmente não me lembrei.
Eu já fiz
isso com Harry, e eu até que gostava,
mas eu só fazia quando ele pedia, a iniciativa nunca partia de mim. Não havia
percebido que eu nunca fiz isso por Joseph,
ele já me deu prazer tantas vezes com a boca, e eu nunca retribui.
“Meu Deus,
ele deve achar um tédio quando transamos.”
Sinto minha
cabeça girar um pouco, levo a mão até a testa e me apoio firme da pia para
tentar focar a visão.
Eu tenho que
fazer algo, não posso perder Joseph.
Se ele tiver que ir atrás de Blanda ou qualquer outra mulher para satisfazer
seus desejos, eu não vou aguentar. Se ele me deixar, não sei como me recuperar
dessa vez. O que sinto por ele é único, nunca senti por ninguém mais. Seria
devastador se ele não me quisesse mais.
Mas o que
mais machuca, o que não sai da minha cabeça de jeito nenhum é: Ela e Joseph realmente se beijaram quando nós
estávamos juntos? Ou ela está tentando me enganar? Será que eles se beijaram
mesmo? Ele ia transar com ela se não tivessem sido interrompidos? Ah meu Deus,
eu preciso ir embora, eu quero ir embora desse lugar.
Preciso
voltar para lá antes que Joseph venha
me procurar. Já demorei demais. Só quero que essa noite termine logo.
Pego uma
toalha de papel e limpo as manchas de lágrimas no rosto, ainda bem que minha
maquiagem é à prova d’água.
Tento voltar
a estar pelo menos apresentável, arrumo o cabelo e o vestido, respiro fundo e
tento me controlar, mas sei que estou quebradiça por dentro, não posso baixar a
guarda e quebrar na frente de todos.
“Se
controle, Demetria, você lida com isso depois.”
Inspiro e
expiro algumas vezes e tomo coragem para voltar para a mesa. Assim que abro a
porta do banheiro vejo Joseph
caminhando na minha direção.
— Ah, aí
está você. Já estava ficando preocupado, você demorou. Está tudo bem? — Ele
pergunta parando na minha frente. Só de olhar em seus olhos já sinto vontade de
desmoronar e chorar.
— Sim,
desculpe, está tudo ótimo. — Forço-me a sorrir. Ele me olha franzindo a testa.
— Tem
certeza que está tudo bem?
— Sim,
tenho. Vamos.
A próxima
hora foi um verdadeiro martírio, e quando Joseph
perguntou se eu queria ir embora, foi com grande alívio que eu respondi que
sim.
Permaneci
quieta todo o caminho de volta, o que não passou despercebido para Joseph.
— Você está
tão quieta, encarando a Janela como
se quisesse derreter o vidro com o olhar. Está realmente tudo bem, amor?
— Só estou
com um pouco de dor de cabeça. — Minto.
— Deveria
ter me dito, teríamos ido embora antes.
— Você
estava lá a trabalho, não queria atrapalhar.
— Você nunca
atrapalha, amor. Pode confiar em mim sempre para falar qualquer coisa. — Sei
que ele está se referindo a dor de cabeça, ou qualquer outra coisa no geral,
mas minha mente vai direto na direção de Blanda. Eu deveria contar para ele
sobre a visita que ela me fez no banheiro? Deveria contar que eu sei sobre o
beijo, ou espero ele me confessar? Já faz um mês, se ele não disse nada até
agora não vai dizer mais. O que isso significa? Se eu confronta-lo, ele irá
negar?
Oh Deus, são
tantas perguntas que aquilo de estar com dor de cabeça já não deve ser mais uma
mentira.
Quando
chegamos ao seu prédio, Joseph vem
abrir a porta para mim e me ajuda a descer do carro. Subimos até seu
apartamento, no elevador Joseph me
agarra e me espreme com seu corpo, sua boca desce até meu pescoço e me provoca
arrepios.
— Que tal
você me deixar curar essa sua dor de cabeça? — Ele sussurra com a sua voz rouca
e sexy.
— Tudo bem.
— Eu cedo.
Meu Deus coitada de demi, ela tem que conversar com joe sobre o que aconteceu, ela não pode esconder o que banda falou pra ela, posta logo por favor
ResponderExcluirPosta logo please quero saber se demi vai falar pra joe sobre blanda
ResponderExcluirMas genteeeeee vc voltou, quero mais capítulos pf pf pf . ta maravilhosa
ResponderExcluirAMEEEEI, graças a Deu você voltouu ! Acabei de abrir um blog, adoraria caso vocês desse uma olhada :
ResponderExcluirhttp://jemimorethanjustadream.blogspot.com
Acabei de começar !
Nanda, pelo amr de god posta logo!!!
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