domingo, 20 de outubro de 2013

CAPÍTULO 5

Joseph abriu os olhos, estava estendido na sua cama. Veio-lhe com força a lembrança daquilo que o Sr. Wagner lhe falara. Sentou-se rápido. Ana olhava-o aflita.
— Graças a Deus o senhor acordou!
Joseph a olhava com os olhos vidrados.
— O rapaz ainda está aí?
— Sim ele está te esperando já faz um tempo na sala.
Joseph então pediu sua cadeira de rodas que estava num canto. A empregada posicionou a cadeira para ele e ele fez a transferência e foi até a sala. O rapaz o olhou com certo alívio. Ele se aproximou do rapaz envergonhado. Mas lhe falou num tom firme.
— Me desculpe.
O rapaz assentiu.
— Você sabe se ela tem alguém, se ela namora se é noiva ou coisa parecida?
— Não, ela é sozinha. Mas tem um rapaz que frequenta ás vezes a casa dela.
Joseph prendeu o ar por um momento.
Será que ele era o pai do filho dela? Ou seria esse rapaz? Se fosse o rapaz ela teria que tê-lo conhecido logo depois que eles se separaram. A idade do garoto coincidia com o tempo que eles ficaram juntos.
— E o pai dela, você sabe alguma coisa dele?
— Segundo uma vizinha, o pai dela morreu há dois anos.
Joseph o olhou longamente e falou.
— Obrigada, me deixe seu relatório, o endereço dela, e o hospital que a criança está internada, seus serviços estão finalizados, vou te deixar um xeque com a quantia combinada.
O rapaz agradeceu e Joseph depois de pegar o relatório, o pagou e se despediram.
Ele precisava falar com ela. Precisava checar se ele era o pai do menino. E se era? Por que ela lhe negou o direito de conhecê-lo?
No dia seguinte Joseph estava muito nervoso para dirigir, então chamou Raul, um rapaz que era um tipo faz tudo.
— Raul nós vamos até esse hospital.
 Demi estava reclinada na cadeira com os olhos fechados. Seu filho dormia tranquilamente, já respirava bem. Hoje era o segundo dia que estava no hospital, ele sofria de crise asmática.
Com lágrimas nos olhos lembrou-se de como ontem ela quase chegou ao desespero, em vê-lo molinho em seus braços, com a boca roxinha, e como ele respirava com dificuldade.
Mesmo hoje tendo melhores condições de vida, uma boa casa, seu próprio negócio, nada podia ser feito quando seu filho dava crises asmática, um problema que tinha desde o nascimento.
Seu amigo Nicholas sempre ia à sua casa, sempre a ajudou, principalmente em momentos de dificuldades, sempre tentou, sem sucesso, fazê-la aceitar-lhe o pedido de casamento. Ele era uma ótima pessoa, mas ela não o amava.
Chegou algumas vezes seriamente a pensar em aceitar a proposta por causa de seu filho, ele precisava de um pai. Mas que casamento sobreviveria sem amor? Ele a amava, mas o coração dela pertencia a Joseph. A imagem dele sempre esteve presente com ela. Ela às vezes até ouvia sua voz, ele a perseguia em sonhos. Quando se deparava com alguém numa cadeira de rodas ela se emocionava e não conseguia deixar de chorar.
 Olhou seu filho que dormia, observou os cabelos negros, as pestanas cumpridas, a pele clara o nariz arrebitado. 
Lembrou-se dela grávida, ela desejou muito seu filho. Desde o primeiro momento que soube que estava grávida.
 Pelo seu pai, ela teria abortado. Mas ela não se deixou influenciar e o enfrentou.
No começo ele fechou a cara com ela. E a tratou como um lixo. Seus olhos ficaram úmidos com a lembrança.
Quando ele viu que ela estava resoluta em lutar pelo seu filho ele passou a ajudá-la, comprando as roupinhas, o berço e tudo para o bebê...
Passou a gravidez inteira com ele lhe falando.
“E se ele nascer aleijado igual o pai?”
Isso lhe doía no peito, não pela deficiência, mas pela lembrança de um pai, que seu filho nunca iria conhecer.
Ela nunca o esqueceu. No começo da gravidez lhe passou pela cabeça lhe contar, mas logo um sentimento de rejeição a impediu, vinha-lhe sempre na mente que ele lhe deixou bem claro que não a amava.
Quando seu filho completou dois anos, seu pai morreu. Ela era recepcionista em uma fábrica, ganhava o suficiente pra ela e o filho. Ele lhe deixou algumas economias. Com isso ela pediu as contas do emprego e com a soma do dinheiro deixado por seu pai comprou uma casa melhor e montou uma loja de roupas, que fez suas condições melhorarem bastante.
 Mas sempre tem o lado ruim da história, com o sucesso da loja vinham mais responsabilidades e com mais tempo para o trabalho faltava tempo para o filho e o único jeito era deixa-lo na escolinha ou com babás e a partir daí o problema do filho se agravava.    
Ela pensava nisso quando a porta se abriu e ela incrédula viu o passado entrar pela porta, o homem que ela um dia entregou seu coração estava ali e a olhava intensamente. Esse mesmo homem que depois de tê-la a descartou.
Joseph parou um momento seus olhos se encontraram com os dela. 
Demi se deteve no rosto dele observando-o incrédula.
 Ele estava mais duro, com cabelos bem penteado, ele a olhava seriamente. Gotículas de suor iluminavam a testa. Ela prendeu o ar e engoliu em seco. Na hora temeu por seu filho.
Meu Deus! Será que ele havia descoberto que Kevin era filho dele?
Então ele se se aproximou com a cadeira e lhe falou com uma voz profunda que ela tanto conhecia.
— Olá Demetria.
Ela olhou-o em choque. Emudecida. Sabia que estava pálida.  Então um sentimento de raiva tomou conta de seu coração e falou-lhe num tom duro.
— O que você está fazendo aqui?
Ele arqueou as sobrancelhas, e aproximou-se mais dela. Fazendo com que ela soasse frio, seu coração parecia que ia sair pela boca.
— Eu coloquei um detetive para encontrá-la, sempre tive o desejo de saber se você estava bem.
Ela o olhou com nojo.
— Muito tarde para isso, não acha?
Joseph empalideceu. Olhando-a impaciente, massageou nervosamente as pernas, despertando velhas lembranças em Demetria.
— Demetria, por favor, já é difícil para eu estar aqui.
Depois de uma pausa ele a olhou intensamente.
—Não dificulte as coisas, por favor.
Ela o olhou sem dó e friamente.
Ele com voz embargada, perguntou-lhe.    
      —Esse menino é meu filho?
Demi na hora teve o impulso de mentir, mas um gostinho de vingança passou-lhe pela cabeça. Ser mãe solteira se tornou então uma acusação da “insensibilidade dele tê-la deixado”.

— Sim Joseph, você é o pai.
_______________________________
Vamos lá comentem que ainda tem!

9 comentários:

  1. Oh , Deus postaaaa logoooooooooo

    ResponderExcluir
  2. posta posta pelo amor lkajbhsdkljblksabk o que o Joe vai fazer??? m,qabkjdslbvakldlkdf sinto que vem discussão por ai.

    ResponderExcluir
  3. Ahhhhh ela falou pra ele
    Socorrooo eu to no chãoo
    Prevejo altas tretas vindo ai.... kkkk'
    Posta Posta Posta

    ResponderExcluir
  4. talvez seje mais dificil do eu pensava demi perdoa-lo .....os dois sofreram separados ....isso é triste.....mais o amor ainda existe ambos estão sozinhos ..... mas magoados

    ResponderExcluir
  5. uhuuuuuu!!!!!! : ) : ) isso é D +

    ResponderExcluir
  6. menina tu sabe compensar a espera !!!!! tô esterica aqui com seus caps.......poxa vida tu manda bem guria .....q historia !!!! aguardando ......

    ResponderExcluir