domingo, 29 de junho de 2014

CAPÍTULO 2


Joseph Jonas usava de toda sua força para terminar o percurso. No final da pista, onde fazia exercícios nas barras, uma bela lourinha descansava em um banco. Ele a notara pela primeira vez há algumas semanas. A moça parecia visitar o parque todas as tardes à mesma hora. E ele sempre tentava ir no mesmo horário.
Joe se lembrou de quando ela sorrira da primeira vez que lhe acenara. Estava tentando descobrir uma maneira de conhecê-la melhor, mas não quando estivesse usando um short surrado e suando em excesso. Por duas vezes, ele retornara lá para ver se a encontrava, mas ela já tinha ido embora.
Ela deve morar perto do parque para vir com tanta freqüência. Joe mesmo tinha um apartamento em um prédio antigo a apenas alguns quarteirões dali. Era próximo ao quartel do corpo de bombeiros, e à universidade. Podia ir caminhando para os dois e economizava em transporte para o trabalho. Vários dos outros inquilinos eram estudantes. Ele era um dos moradores mais recentes. Acabara de se mudar há poucas semanas, quando fora transferido do quartel Hunter's Point.
Ele caminhou, notando o banco vazio. Talvez sexta-feira ele deixasse os exercícios de lado e fosse falar com ela.
Na sexta-feira, Demi pegou o ônibus até o novo apartamento da mãe no distrito de Marina. Após um rápido toque na campainha, Edie atendeu à porta, cumprimentando-a com um abraço.
- Como você está? - perguntou ele.
- Bem. E mamãe?
- Está ótima. Agora que entrou no quarto mês, está com mais energia!
Demi sorriu. Edie estava animado com o filho por chegar. Ele as acompanharia até o médico. Demi e a mãe escolheram o mesmo obstetra e organizaram suas consultas para que pudessem ser vistas ao mesmo tempo. Edie sempre acompanhava Diana, o que fazia com que Demi sentisse um tanto quanto abandonada. Mesmo assim, ela gostava de ir com eles.
Olá, querida - disse a mãe, dando-lhe um beijo no rosto. Espero não tê-los feito esperar muito completou Diana, sorrindo para o marido de modo especial.
Demi desviou os olhos. Era evidente o que eles estavam fazendo antes de sua chegada. Mais uma vez foi tomada pela inveja. Na verdade, estava muito feliz pela mãe. Já havia passado da hora de encontrar a felicidade com alguém. Demi apenas desejava ter a mesma sorte. A curta lua-de-mel e as poucas semanas que Zac passou em serviço no país não contavam.
- Queremos ir almoçar depois da consulta, vamos? - perguntou Diana.
- Vou para casa, se você não se importar. Meu tempo está um pouco apertado.
O almoço a atrasaria para seu "encontro" com o corredor. E, se ele mantivesse a mesma agenda, ela só poderia vê-lo de novo no domingo.
-Levaremos você para casa depois - disse Edie. - Vai economizar o tempo que passaria no ônibus.
- Tudo bem.
Ela ficaria de olho no relógio para se assegurar que chegaria a tempo.
Por um momento, achou tolice fazer planos sobre um estranho que veria à distância por apenas dez minutos. Mas era tão bom ver aquele homem atlético correndo! Torcia que isso fosse um bom sinal.
Ia perguntar a Selena. Não tinha certeza de que queria que a mãe soubesse sobre ela andar por aí observando homens desconhecidos.
- Estou planejando contar a Virgínia e a James sobre o bebê amanhã à noite - disse Demi, já no banco traseiro da van que Edie dera de presente a Diana. Um carro esporte não seria apropriado para a família.
- Eles ficarão muito felizes - respondeu Diana, olhando para trás, em direção da filha. - E claro que Virgínia vai querer saber a razão de você não ter contado antes. Mas James ficará imensamente feliz, com a notícia.
- Espero que isso faça Virgínia pensar em algo além de Zac. É muito difícil lidar com ela, mamãe. Ela só fica olhando as fotos antigas e falando sobre ele.
- É muito difícil para ela, Demi. Está tentando se segurar da melhor maneira possível. O tempo e as notícias sobre o bebê vão ajudar - tranqüilizou Diana.
- Quer ir às compras com a gente amanhã? -perguntou Edie. -Vamos olhar berços, trocadores de fraldas, cercadinhos e outros apetrechos que sua mãe me convenceu ser necessário para recém-nascidos.
Demi riu, balançando a cabeça.
- Eu vou comprar minhas coisas em uma loja de segunda mão. Mas não ainda. Não tenho onde por no meu apartamento. Tenho de me mudar. Agora que estou de férias na faculdade, preciso encontrar outro lugar para morar. Graças a Deus, o seguro de Zac cobre as despesas por um tempo. Como estou grávida, não sei se vou conseguir emprego.
- Você não vai comprar nada de segunda mão, menina -     disse Edie, sorrindo - É para isso que servem os avós! Vamos comprar o que for preciso para seu bebê.
-Não precisa, Edie.
- Claro que precisa, querida - respondeu a mãe, esticando a mão para tocar a de Edie. - Não fique envergonhada. Somos seus pais.
Demi ficou surpresa com a bondade deles. Ela conteve as lágrimas.
-Deixe-me conseguir um apartamento primeiro.
- Tem aquele onde morávamos. Você pode se mudar para lá - sugeriu Diana.
-Mamãe, já faz uns dois meses que você se mudou de lá. Por que ainda está segurando aquele apartamento?
Diana ficou em silêncio por um instante, olhando em seguida para Demi.
- Por causa do preço do aluguel e da quantidade de tempo que vivemos lá. Pelo o que a gente vê por aí, é super barato. Além do mais, achei que você pudesse querer se mudar para lá depois da morte de Zac. Eu não quero pressionar você de jeito nenhum, mas é um apartamento de dois quartos, com ônibus na porta, comércio, a vizinhança é boa...
- Vou pensar a respeito.
Ela engoliu o nó na garganta. A mãe sempre cuidou bem dela. Mas será que Demi também seria capaz de cuidar tão bem de seu bebê? A mãe foi deixada sozinha com ela recém-nascida, pelo marido. Seus pais nunca lhe ajudaram. Demi estava muito melhor, com a ajuda de Edie e da mãe. E tambem sabia que Virgínia e James ajudariam.
Demi fez o possível para chegar cedo ao parque. A consulta com o médico e a bateria de exames lhe garantiram que tudo progredia normalmente. Marcara outra ultra-sonografia para poucas semanas, mas, até agora, preferia não saber o sexo do bebê. A barriga já estava visível, porém nem tanto. Ainda podia vestir algumas de suas roupas, mas em breve seria forçada a usar roupas de grávida.
Sentada no banco do parque, Demi se recostou, deixando o sol quente bater no rosto. Era a primeira vez que se sentia feliz, depois da morte de Zac. Dentro de poucos meses, teria um bebezinho para amar e criar, e um novo irmãozinho ou irmãzinha para conhecer. E, se seu filho nascesse primeiro, seria mais velho do que o tio, ou não Isso não parecia estranho?
Ela esperou e esperou. O tempo passava lentamente. Olhou para a pista de corrida. Nada do corredor.
Uma jovem mãe empurrava o bebê em um carrinho. Pássaros cantavam nas árvores. Não havia brisa, estava mais quente do que no início da semana.
Mesmo assim, Demi ainda esperava. Olhou para o relógio. Será que ele veio mais cedo? Mas, dez minutos depois, ela percebeu que não veria o homem naquele dia.
A decepção foi uma surpresa. Nem sabia o nome dele. Aliás, não sabia nada sobre ele. Mesmo assim, esperava cada vez mais ansiosa para vê-lo.

Passados 30 minutos, ela desistiu. Será que ele viria amanhã? Sábado era o dia do jantar com os Efron, mas teria tempo antes para conferir se ele estaria lá no parque.

Se comentarem talvez eu poste mais outro.

7 comentários:

  1. Amei esse capítulo gente! E por que o Joe não apareceu? Falta de uns tapas né? Ai quero só ver como vai ser esse jantar, aposto que a Virgínia vai falar uma par pq ela não contou antes e blá, blá, blá .. Não gosto dela u.u
    Posta maiiiis :)
    Beijoos ♥

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  2. ameeei
    ai deus.. eu tbm iria ficar doida pra ver um homem desses

    poosta logoo

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  3. Amei o cap!!!! Quero ver o encontro dos dois!!! Estou super ansiosa!!! Posta mais!!Bju!!

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